Nininho Vaz Maia sempre teve uma relação estreita com as suas origens ciganas, embora não tenha receio de questionar certas tradições que considera ultrapassadas.
Filho de um homem de etnia cigana e de uma mulher fora da comunidade, Nininho cresceu com os costumes da sua cultura, mas a sua visão sobre algumas práticas, como o casamento precoce das meninas, não é a mesma de outros membros da sua comunidade.
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Numa conversa com Manuel Luís Goucha, em 2021, o artista partilhou a sua opinião sobre a tradição que leva as jovens ciganas a casarem muito cedo. “Aos 11 ou 12 anos deviam estar a brincar e na escola e não a aprender o que deve fazer uma mulher. São mulheres mais cedo do que deviam ser”, afirmou o cantor.
Para o cantor, o casamento precoce não faz sentido, especialmente quando se trata de sua própria filha, agora com 18 anos. “Eu não concordo com algumas tradições, claro que não. Tenho uma filha e não a imagino a casar aos 14 anos”, declarou, deixando claro que a sua preocupação não é com a liberdade das jovens de escolherem o seu futuro, mas sim com a imposição de costumes que as “fazem sentir mulheres” muito cedo, sem tempo para se desenvolverem plenamente como pessoas.
Por outro lado, o cenário é diferente quando se trata do seu filho, que, segundo Nininho, tem uma noiva prometida desde os nove anos. Esta tradição cigana, embora considerada controversa fora da comunidade, é vista como parte da cultura familiar do cantor. Contudo, Nininho fez questão de esclarecer que não é uma imposição, mas uma escolha da tradição, deixando a porta aberta para que o futuro dos dois jovens seja decidido pelos próprios, com o tempo. “Ele já tem noiva. Não quero dizer que tem de casar com ela, mas a relação vai sendo acompanhada pelos pais. Vamos perceber se gostam um do outro, se vão ser felizes”, explicou o cantor.
Além da sua relação com as tradições ciganas, Nininho Vaz Maia está atualmente envolvido numa operação policial de combate ao tráfico de droga, sendo um dos arguidos.
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