Economia

Navio multifunções da Marinha sem propostas findo prazo do concurso internacional

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 05-12-2022

O único candidato qualificado no concurso para desenvolver o navio multifunções da Marinha não apresentou qualquer proposta dentro dos prazos, indicou hoje à Lusa aquele ramo das Forças Armadas, que mantém a intenção de concretizar o projeto.

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Findo o prazo, em 30 de novembro, para a apresentação de propostas no âmbito do concurso público internacional para o projeto e construção do navio multifunçõe`, a Marinha refere que nenhuma proposta foi submetida.

“O concurso limitado por prévia qualificação para o navio multipropósito teve início no dia 20 de junho de 2022. Apresentaram-se à fase de qualificação dois candidatos, sendo que um foi qualificado mas não chegou, contudo, a apresentar proposta”, refere a Marinha numa nota enviada à agência Lusa.

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Apesar disso, aquele ramo das Forças Armadas salienta que “o projeto contemplava este possível cenário e por isso estão previstas opções jurídicas que serão exploradas no sentido de prosseguir este importante projeto com vista à sua concretização”, sem contudo precisar quais são essas opções.

Apresentado em junho de 2022, o navio multifunções da Marinha — cujo conceito foi desenvolvido pelo atual chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo — pretende ser uma “plataforma do futuro” e sinal de uma “Marinha tecnologicamente avançada”.

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“Este navio, idealizado sob um novo conceito de operação, representará uma grande aposta na inovação através da utilização de uma nova tecnologia, de sistemas digitais de alto desempenho, de `Big Data`, de `Digital Twin` e de Inteligência Artificial, com recurso a sistemas robóticos/não tripulados aéreos, de superfície e de subsuperfície”, lê-se no `site` da Marinha.

O projeto em questão está orçado em 110 milhões de euros, foi aprovado pelo Governo e deverá ser inteiramente financiado através das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português.

Segundo o jornal Diário de Notícias, estava previsto que a construção do navio ocorresse entre 2023 e 2025, sendo 2026 “o ano das garantias”.

Na nota enviada à agência Lusa, a Marinha sublinha que “o navio multipropósito contribuirá para o conhecimento, preservação e exploração sustentada do oceano, para o apoio direto a populações em resposta a crises e para o reforço da capacidade operacional e científica do país, em particular para o mapeamento e proteção dos recursos vivos e não vivos”.

A Marinha acrescenta ainda que o navio servirá também “para a vigilância e fiscalização marítima, a busca e salvamento marítimo e a resposta a acidentes marítimos, recorrendo, maioritariamente, a Veículos Não Tripulados (VENT) para a execução das suas tarefas”.

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