Região

“O que é que fazem ao dinheiro Presidente da República?” Moradora revoltada com a falta de meios

Notícias de Coimbra | 50 minutos atrás em 16-08-2025

Vila Pouca da Beira, em Oliveira do Hospital, viveu momentos de grande aflição durante o incêndio que assolou a região, com uma moradora a denunciar ao Notícias de Coimbra a ausência de bombeiros no local.

Isilda Martinho relata que, durante a madrugada e ao longo do dia, a aldeia ficou cercada pelo fogo, com a sua própria habitação e a casa do sobrinho, Pedro, a serem consumidas pelas chamas. “Não se via um bombeiro aqui,” afirma, revelando que fez dezenas de telefonemas a pedir ajuda, sem sucesso.

“Ninguém apareceu para salvar a casa do meu sobrinho, que ele tanto amava, nem para proteger as 200 ovelhas e o palheiro com feno que estavam a arder.”, declarou.

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Indignada, responsabiliza a Proteção Civil pela má gestão e desconhecimento do terreno. “Quem está a dar ordens não conhece o terreno. Deviam pôr quem conhece. E quando liguei para a Proteção Civil, mandaram-me ver televisão. Sem luz, com fogo à porta, mandaram-me ver televisão!”, denuncia.

A revolta estende-se às autoridades nacionais. “Com tanto meio aéreo, o que é que fazem ao dinheiro Presidente da República?”, questiona Isilda visivelmente revoltada. “Ele podia ir lavar as meias e as cuecas, porque já não está a fazer nada”, afirma.

O desespero de Isilda é também um apelo à solidariedade, especialmente dirigida ao clube de futebol Benfica, do qual o sobrinho é adepto fervoroso. “Faço um apelo ao Benfica para que leiloem uma camisola de um jogador e ajudem o Pedro a reconstruir a sua casa, que era o seu maior orgulho,” pede.

A moradora conta que o sobrinho perdeu tudo no incêndio: a casa, as economias de 45 anos de trabalho, e grande parte do seu património. Apesar das dificuldades, Isilda destaca a ajuda da população local, que tentou salvar o rebanho e amparar as vítimas da tragédia.

“Este incêndio não destruiu só casas, destruiu vidas e sonhos,” conclui, num apelo emocionado para que haja mais apoio às vítimas e uma resposta mais eficaz das autoridades para evitar que situações assim se repitam.

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