O preço da pescada fresca atingiu esta semana quase 12 euros por quilo, registando uma subida de 14% em apenas sete dias, o valor mais alto desde junho.
Este aumento surge num contexto de escalada contínua do preço do cabaz alimentar, que voltou a crescer 2,07 euros na última semana (mais 0,86%), atingindo os 242,45 euros, um dos valores mais elevados desde que a DECO PROteste começou a acompanhar o custo destes bens essenciais.
Comparando com o início do ano, em janeiro, os consumidores gastavam 6,29 euros a menos para comprar os mesmos produtos. Há um ano, o cabaz custava 14,20 euros menos, e em janeiro de 2022, quando a monitorização começou, a diferença era ainda mais significativa, com 54,75 euros a menos para os mesmos bens.
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Além da pescada, outros produtos registaram aumentos significativos na última semana, como o esparguete (+18%), cereais integrais (+14%) e ervilhas ultracongeladas (+10%). Comparando com o início do ano, destacam-se brócolos (+34%), ovos (+28%) e laranja (+27%). Desde 2022, os maiores aumentos percentuais registaram-se na carne de novilho para cozer (+105%), nos ovos (+81%) e na laranja (+75%).
O aumento constante dos preços tem sido influenciado por fatores internacionais, como a invasão da Rússia à Ucrânia, que afetou a produção e exportação de cereais, e pelo aumento dos custos de produção e energia, agravados pelos efeitos da pandemia e da seca. Embora medidas como a isenção de IVA em 2023 tenham ajudado temporariamente, os preços voltaram a subir, especialmente em produtos como azeite, ovos, café e chocolate.
O impacto no bolso dos portugueses reflete-se também na inflação, que voltou a acelerar em 2025, atingindo 2,8% em agosto, depois de meses de descida.
Para poupar nas compras semanais, a DECO PROteste recomenda comparar preços nos supermercados e utilizar o simulador disponível na plataforma Saber Poupar, permitindo pesquisar por distrito, concelho ou tipo de alimento.
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