A Gripe A que atualmente circula em Portugal está a provocar um aumento significativo de episódios graves, alguns deles com necessidade de internamento hospitalar devido a baixos níveis de oxigénio no sangue, alertam relatos provenientes de unidades de saúde.
Nas últimas semanas, vários doentes deram entrada nas urgências com diagnóstico de Gripe A, apresentando hipoxemia, uma diminuição perigosa da oxigenação sanguínea, muitas vezes sem terem consciência da gravidade da situação. Em diversos casos, os sintomas iniciais foram desvalorizados, tanto pelos próprios doentes como pelas famílias, por serem associados a uma gripe comum.
Segundo explicam profissionais de saúde, a Gripe A, causada pelo vírus Influenza A, pode provocar uma inflamação significativa dos pulmões, interferindo com a troca normal de oxigénio. Esta condição pode evoluir rapidamente para complicações respiratórias, como pneumonia viral, mesmo sem sinais evidentes de alerta numa fase inicial.
Os especialistas chamam a atenção para sintomas que não devem ser ignorados, como febre elevada durante vários dias, tosse persistente ou agravada, falta de ar mesmo em pequenos esforços, dor ou aperto no peito, cansaço extremo e sensação de peso nos pulmões. Perante estes sinais, a avaliação médica é considerada essencial, refere o site Leak.
Os grupos mais vulneráveis a complicações incluem idosos, pessoas com doenças respiratórias, doentes crónicos e indivíduos com o sistema imunitário fragilizado, embora também se tenham registado casos graves em pessoas sem fatores de risco conhecidos.
Apesar de não se tratar de uma doença nova, profissionais de saúde alertam que a desvalorização dos sintomas continua a ser um risco real, numa altura em que os casos mais graves parecem estar a aumentar. A recomendação é clara: perante sintomas fora do normal ou agravamento do estado geral, procurar assistência médica atempadamente pode fazer a diferença.
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