O mais recente levantamento da DECO Proteste revela que vários produtos alimentares essenciais registaram aumentos de preço muito significativos, quer no curto prazo, quer no acumulado dos últimos anos.
O preço do novilho para cozer mais do que duplicou desde janeiro de 2022, segundo dados da DECO Proteste. Em menos de três anos, o quilo passou de 5,82 euros para 11,85 euros, o que representa uma subida de 104%.
Este aumento coloca a carne de novilho entre os produtos alimentares que mais encareceram no cabaz essencial monitorizado pela associação de defesa do consumidor. A variação é particularmente expressiva quando comparada com a evolução de outros bens de primeira necessidade, como os ovos (mais de 81%) ou a laranja (mais de 83%).
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A escalada do preço do novilho é explicada por diversos fatores, incluindo o aumento dos custos de produção, a pressão inflacionista sobre a fileira agroalimentar e os impactos prolongados da guerra na Ucrânia, que afetaram o preço dos cereais e da alimentação animal.
Especialistas alertam que, apesar de uma relativa estabilização da inflação, os consumidores continuam a sentir fortes aumentos nos bens essenciais, sendo a carne de novilho um dos exemplos mais marcantes do peso que a crise alimentar tem exercido no orçamento das famílias.
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