Região

Nadadores-salvadores sem contrato nem seguro. Câmara da Figueira da Foz intervém de urgência

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 dias atrás em 03-06-2025

A época balnear arrancou com sobressaltos na Figueira da Foz, depois de uma polémica com a contratação de nadadores-salvadores.

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A Câmara da Figueira da Foz vai rescindir contrato com a empresa Synchro by Egore e vai passar a contratar diretamente estes profissionais, após a época balnear ter começado com alguma escassez de nadadores-salvadores.

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De acordo com o coordenador da Proteção Civil Municipal seriam necessários 44 profissionais por dia para garantir a vigilância das praias da Figueira da Foz. Contudo, no primeiro dia da época, estiveram ao serviço apenas 27 nadadores-salvadores, o que representa pouco mais de 60% do número necessário.

João Matias confirmou ainda que, este ano, a contratação foi feita através de concurso público internacional, sendo que, pela primeira vez, a responsabilidade foi entregue a uma empresa privada: a Synchro by Egor. Esta entidade ficou encarregue de recrutar 66 nadadores-salvadores, destinados à vigilância das praias e piscinas do concelho.

Segundo apurou o NDC, a situação é agravada pelo facto de muitos destes profissionais ainda não terem contratos de trabalho formalizados, nem estarem abrangidos por qualquer seguro ativo, expondo-os a riscos significativos no exercício das suas funções.

“A proposta inicial representava menos 600 euros por mês. Tínhamos duas folgas semanais, mas não pagas, e o valor diário caía dos habituais 58€ para 52€”, revelou “José”, nadador-salvador com experiência em várias épocas balneares na Figueira da Foz.

A Câmara Municipal da Figueira da Foz, alertada para o caos, rescindiu o contrato com a empresa e anunciou ontem que iria assumir a contratação direta dos nadadores-salvadores, repetindo o modelo de anos anteriores. O processo de formalização dos contratos começou ainda na madrugada desta terça-feira, com assinaturas digitais, e prosseguiu com visitas presenciais às praias para garantir a legalidade e segurança de todos os envolvidos.

“Neste momento o processo está a decorrer bem, mas ainda não sabemos quem vai pagar os três dias que já trabalhámos sem contrato formalizado – se será a empresa, se será a Câmara”, explica o profissional ao Notícias de Coimbra.

Mesmo com a rápida intervenção, nem todos os postos de vigia estão completamente operacionais, por falta de profissionais disponíveis. A autarquia garante, contudo, estar a fazer tudo para garantir a segurança nas praias.

Os contratos agora formalizados terão vigência até 21 de setembro, cobrindo toda a época balnear. Até lá, a estabilidade do serviço dependerá da manutenção das condições acordadas e da gestão eficiente dos recursos humanos disponíveis.

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