Coimbra

Municípios querem travar anarquia na colocação de cablagens de fibra ótica

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 27-04-2021

Os municípios portugueses querem disciplinar os operadores de sistemas de telecomunicações na colocação das cablagens de fibra ótica para evitar um aspeto subdesenvolvido e a violação de regras do património, admitindo recorrer à forma coerciva.

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“Consideramos inaceitável e intolerável que as operadoras continuem de forma desmandada e absolutamente irresponsável a espalhar cablagem e a esquecer-se da prestação de serviços, como bem conhecemos”, disse Manuel Machado, presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), no final da reunião do Conselho Diretivo.

O dirigente, que preside também ao município de Coimbra, salientou que nos diversos territórios se verifica a existência de “postes de eletricidade com quantidades absolutamente incompreensíveis de rolos de fibra ótica pendurados e se constata, no domínio público, equipamentos de suportes àquelas redes “que podem ruir para a via pública, prejudicando as pessoas”.

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Em declarações aos jornalistas, o presidente da ANMP lamentou que os alertas emitidos até ao momento não tenham tido sem resultados e ameaçou, “se não houver outro modo”, resolver a situação de forma coerciva.

Salientando que, “por norma”, as infraestruturas têm de ser partilhadas entre os diversos operadores, Manuel Machado salientou que “não é isso que acontece, quer em zonas periurbanas quer mesmo em espaços classificados no centro histórico”, não existindo articulação entre os diversos operadores.

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Os municípios pretendem evitar que, em prédios acabados de requalificar, os “operadores cheguem lá e pendurem cablagem de fibra ótica de forma anárquica, sem ter autorização, abusando daquela função”.

O presidente da ANMP realçou ainda que existem detentores de concessões, mesmo municipais, “como é o caso da distribuição da eletricidade, em que os postes são, entre aspas, subalugados a operadores destes sistemas de comunicações de fibra ótica”.

“Isto tem de acabar. Além de trazer um aspeto extremamente subdesenvolvido às nossas comunidades, viola regras do património e põe em risco a segurança dos utentes da via pública, pelo que é importante resolver a situação que, se não houver outro modo, terá de ser coercivamente, porque os direitos de passagem e de uso do espaço aéreo tem regras”, frisou.

Manuel Machado lamentou que quando um agregado familiar muda de operador, o novo não use as infraestruturas já existentes e crie novas, deixando as inutilizadas “a desfear as nossas cidades e comunidades”.

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