Coimbra

Municípios partilham preocupações de Sindicato em relação ao encerramento de estações dos CTT e serviço postal

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 14-11-2018

Os municípios partilham preocupações do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) com o serviço de correios, sobretudo relacionadas com o encerramento de estações e a universalidade do serviço postal.

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Responsáveis da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) manifestaram “muita preocupação” com a situação do serviço de correios em Portugal, designadamente em relação ao “encerramento de estações” e à “agregação de postos de distribuição” dos CTT, disse hoje em Coimbra, à agência Lusa, o secretário-geral do SNTCT, Vítor Narciso.

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Aquelas medidas, que têm vido a ser adotadas pela empresa Correios de Portugal (CTT), pondo em causa a “universalidade da prestação do serviço público de correios”, são das maiores preocupações do Sindicato “partilhadas pela ANMP”, afirmou o dirigente sindical.

Vítor Narciso falava à agência Lusa depois de ter participado, hoje, em Coimbra, nas instalações da ANMP, numa reunião com a associação, solicitada pelo SNTCT, para debater aspetos relacionados com a situação do serviço postal no país.

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O encontro “foi muito positivo”, sublinhou o dirigente sindical, recordando, por outro lado, que o SNTCT entregou no final de 2017 uma petição na Assembleia da República, com mais de nove mil subscritores (aos quais se juntaram, entretanto, mais cerca de três mil), para tratar do serviço de correios, mas cujo debate ainda não foi agendado pelo parlamento.

“Vamos pedir”, designadamente junto dos grupos parlamentares, para que “o agendamento seja feito quanto antes” e “esperamos que o debate possa ser feito até final deste ano”, disse Vítor Narciso, recordando que a concessão deste serviço público à empresa que atualmente o explora termina em 2020 e que, até lá, “vai ser necessário tomar medidas”.

Mas os problemas dos correios e a garantia da universalidade do serviço postal não se resolvem com uma ou outra ação da tutela (Ministério do Planeamento e das Infraestruturas) ou do regulador (Autoridade Nacional de Comunicações), sustenta o SNTCT, que quer que “os CTT voltem à órbita do Estado”.

Os CTT, que “são uma empresa privada”, estão a ser financiados pelos contribuintes. Além da contribuição do Estado central para a empresa assegurar o serviço de correios, também muitos municípios estão a pagar serviços da empresa, como se pode constatar designadamente através dos orçamentos camarários, destinando-lhes verbas que milhares de euros por ano, salientou.

A empresa CTT possui atualmente perto de 10 mil trabalhadores (o grupo que a integra e inclui o banco tem um total de cerca de 12 mil funcionários), mais de meio milhar de estações e cerca de 1.800 postos de correios, de acordo com dados adiantados pelo SNTCT.

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