Portugal

Mulher salva raposa ferida na A28 e emociona o país: “Duas horas do meu tempo não são o preço de uma vida”

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 dia atrás em 28-05-2025

Imagem: Liliana Oliveira / Facebook

Um momento de humanidade e empatia ganhou força nas redes sociais após Liliana Oliveira, a viver no norte do país, partilhar no Facebook a dramática experiência de ter resgatado uma cria de raposa imobilizada no meio da autoestrada A28, durante a tarde de domingo, por volta das 15:00.

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Segundo o testemunho, o animal aparentava ter sido atropelado e encontrava-se prostrado e a “estorricar ao sol”, num estado de sofrimento visível.

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Comovida com a situação e sentida com a indiferença de quem o terá deixado para trás, Liliana e outras “almas iluminadas”, como descreve, pararam os carros e, em conjunto, conseguiram resgatar a pequena raposa. O gesto de solidariedade foi imediato: meteram o animal no carro, ligaram para clínicas veterinárias da região e para a associação Selva dos Animais Domésticos, que se prontificou a apoiar com os custos dos cuidados médicos.

Ainda assim, por se tratar de um animal silvestre, Liliana optou por contactar o SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR), para assegurar que o animal pudesse receber tratamento especializado e, eventualmente, regressar ao seu habitat natural.

Com o coração apertado e insegura quanto ao futuro da raposinha, dirigiu-se a um agente da GNR em Caminha. “Prontamente chamou um colega que me consolou e assegurou que o animal ia ser tratado com toda a dignidade e em conformidade com as suas necessidades”, escreveu.

Já esta segunda-feira, 26 de maio, Liliana recebeu uma chamada de um capitão da GNR a informar que o animal estava a ser cuidado e que se encontrava nas instalações do SEPNA, a receber todos os tratamentos necessários até poder ser reintegrado na natureza. A notícia trouxe-lhe conforto e uma renovada fé na humanidade.

Na publicação emocionada, Liliana deixa um recado direto: “Ser Humano não é apenas uma definição que nos distingue dos animais irracionais. Deveria aportar a responsabilidade de sermos nós os animais conscientes.” E remata com uma reflexão simples, mas poderosa: “O que eu perdi ontem? Duas horas do meu tempo. Será esse o preço da vida de um ser inocente?”

O gesto solidário e a resposta das autoridades acabaram por transformar uma história de negligência num exemplo de compaixão e civismo.

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