Coimbra
Mulher nega ter agredido agente da PSP em Coimbra (com vídeo)
Diana Roque, 57 anos, nega ter agredido um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Coimbra, quando se deslocou, esta terça-feira, às instalações do Comando Distrital no âmbito de uma diligência processual.
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Explicou, ao Notícias de Coimbra, que tinha sido notificada para prestar declarações a 7 e 8 de novembro, no âmbito de dois processos distintos, mas acabou por não ser inquirida na segunda-feira. Contou que se dirigiu às instalações acompanhada do seu advogado na segunda-feira e voltou na terça-feira, por volta das 8h30, antes da hora da notificação, tendo requisitado o livro de reclamações. “Fiz uma reclamação dizendo que não tinha sido inquirida para o processo para o qual tinha sido notificada, que desconhecia o conteúdo ou natureza e queria que ficasse registado que não me tinha sido dado conhecimento sobre qual era o assunto”, explicou.
Depois de feito o registo, aguardou para prestar declarações no âmbito do segundo processo mas entretanto recebeu a notícia, segundo contou, de que o agente que a iria inquirir “não estava em condições” de o fazer, porque “tinha ficado muito abalado” com o facto de ter apresentado reclamação. “Esta notícia foi transmitida pelo agente que diz ter sido alvo do meu ataque, o que é falso. Expliquei, com toda a calma, que tenho sido alvo de negação de justiça na Comarca de Coimbra no meio judicial e no meio das autoridades e que não posso aceitar esta situação. O agente levanta-me a voz, recusando permitir que fizesse o registo”, frisou, explicando que “queria que ficasse averbado de alguma forma os motivos de não ter prestado declarações”.
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Acusa o agente de, “numa atitude provocatória”, a tentar impedir de fazer a reclamação e de avançar na sua direção. “Consegui manter-me em pé, pedi para ele não me tocar. Ele agarra-me no braço a dizer que eu estava detida por estar a faltar ao respeito à autoridade. Ele insiste em tocar. Tirei-lhe a mão do meu braço, ele vem uma segunda vez, afasta-se e vem com velocidade para cima de mim e eu aí avancei com o braço direito e pus a palma da mão em frente numa técnica que aprendi, imóvel. Quando ele vem em velocidade para cima de mim bate na minha mão, eu tinha o braço trancado numa técnica de kung fu, o corpo dele faz mola e é expelido para trás e cai no chão”, contou.
“Não fiz nada. Apenas coloquei a mão à frente para impedir que viesse para cima de mim. Se não o tivesse feito era eu que cairia. Acho que fiz o que qualquer pessoa faria”, sublinhou. Assume-se “inocente” e diz que foi “alvo de uma situação psicológica e emocionalmente muito desagradável” e que não cometeu “nenhum desrespeito pelo agente”.
Depois do ocorrido requereu no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra que requisitasse o vídeo de vigilância do hall de entrada da esquadra para comprovar as suas declarações.
Refere que, depois do sucedido, foi levada para uma sala, onde esteve cerca de duas horas e meia sozinha. Foi entretanto constituída arguida e notificada para se apresentar na quarta-feira, às 14h00, no Palácio da Justiça, para prestar declarações mas não houve julgamento.
“Estive duas horas a aguardar, deram-me um documento no final a dizer que o inquérito ia seguir para o DIAP para investigação sobre o que tinha ocorrido na polícia no dia 8 e aguarda agora que “tenha seguimento na justiça”.
Quer, por isso, “desmentir a agressão, dizer que os factos estão mal e que a polícia não atuou bem”.
Em comunicado enviado, a PSP referiu que a mulher se deslocou às instalações do Comando Distrital no âmbito de uma diligência processual, e que se encontrava “bastante exaltada, perturbando o normal funcionamento dos serviços”. Refere, também, que importunou vários utentes que se encontravam nestas instalações para serem atendidos e que, alertada por diversas vezes para a sua postura inadequada, a mulher empurrou o polícia que a atendeu, provocando a sua queda, tendo sido detida e notificada para se apresentar em tribunal.
Veja o vídeo do direto NDC:
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