Uma mulher descobriu, 15 dias depois de ter tido o seu bebé, que tinha uma bola de compressas esquecida no corpo após o parto por ventosa realizado no Hospital Amadora-Sintra, em outubro de 2024.
Em queixa apresentada à Entidade Reguladora da Saúde (ERS), a utente relatou que apenas se apercebeu da situação durante a sua higiene íntima, quando verificou a saída de uma bola de compressas ensanguentadas. Durante esse período, pensava tratar-se de corrimento vaginal, mas afinal eram secreções provocadas pelo corpo estranho, escreve o Correio da Manhã.
Após contactar o SNS24, foi encaminhada para a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, dado que as urgências do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) estavam encerradas. Ali foi-lhe diagnosticada uma alteração do pH da flora vaginal e medicada com antibiótico.
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Em resposta à ERS, o hospital afirmou que nos registos de alta não constava qualquer intercorrência pós-parto.
No entanto, o regulador emitiu uma instrução ao hospital, determinando que sejam assegurados mecanismos rigorosos de contagem e registo de todos os instrumentos e compressas utilizadas, de forma a garantir a segurança clínica dos utentes, revela o matutino.
No primeiro semestre de 2024, a Entidade Reguladora da Saúde decidiu 117 processos de contraordenação. Do total, 62 resultaram na aplicação de sanções pecuniárias e 34 foram encerrados com pagamento voluntário. O valor global das coimas aplicadas atingiu 370.120 euros.
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