Política

Mulher do ministro das Finanças envolvida no negócio dos aviões da TAP

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 10-03-2023

Stéphanie Sá da Silva é a mulher de Fernando Medina, ministro das Finanças. O nome surge após uma participação na preparação do negócio em que a TAP viria a adquirir 53 aviões Airbus A330, A321 e A320.

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É na tradução de uma carta da BOC Aviation dirigida a David Neeleman, que o nome da esposa de Fernando Medina aparece, “quando fazia parte da equipa de advogados que assessorou juridicamente o empresário na privatização da TAP, na qual constam as condições para a compra de 14 aviões A330neo e A321neo”, adianta o Correio da Manhã.

Stéphanie Sá da Silva foi questionada pelo CM que afirmou: “Não participei em nenhum aspeto da negociação da transação referida, nem nos aspetos de natureza geral, nem em quaisquer outros”. E acrescentou: “A ‘tradução de uma carta’ a que faz referência – e é nessa base que coloca as suas perguntas – é unicamente isso. A certificação de uma tradução ou a tradução de uma carta não implica o envolvimento no seu conteúdo. Repito: não participei na negociação nem na definição dos termos da transação que menciona.”

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A BOC Aviation enviou a carta à DGN Corp, detida por Neeleman, em junho de 2015, dirigindo-a ao empresário.

“Stéphanie assinou a certificação da tradução da carta, rubricou todas as páginas e assinou também a última página. Na altura, era advogada da Cuatrecasas, Gonçalves Pereira, que assessorou Neeleman na privatização da TAP. Após Neeleman ter comprado a TAP, ingressou na TAP, em 2019, como diretora jurídica, de onde saiu quando Medina foi nomeado ministro das Finanças em 2022”, lê-se na notícia.

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Os 53 aviões foram adquiridos, através de “leasing operacional”, e irão custar à TAP cerca de 3,38 mil milhões de dólares (3,2 mil milhões de euros, ao câmbio atual), informa o CM. No ano de 2022, uma auditoria da TAP apurou que a companhia aérea está a pagar pelas aeronaves um preço 20% acima do preço de mercado. Fernando Medina e Pedro Nuno Santos, na altura ministro das Infraestruturas, enviaram a auditoria para o Ministério Público.

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