Justiça

Mulher de fugitivo de Vale de Judeus quebra silêncio: “Acorrentado como um animal”

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 meses atrás em 07-03-2025

Imagem: Facebook

Rita Loureiro, mulher de Fábio Loureiro, um dos fugitivos da cadeia de Vale de Judeus, vive há meses em sofrimento devido à demora na extradição do marido, atualmente preso em Marrocos.

Fábio, conhecido como Fábio ‘Cigano’, fugiu da prisão a 7 de setembro de 2024, mas foi capturado em Marrocos cerca de um mês depois. Desde então, aguarda para ser extraditado para cumprir a pena de 25 anos a que foi condenado por crimes como sequestro, extorsão e associação criminosa.

Em entrevista ao Correio da Manhã, Rita descreveu as difíceis condições que Fábio enfrentou durante o período em que esteve preso em Marrocos. “Estive com ele após a detenção e o que vi chocou-me profundamente. Estava acorrentado de pés e mãos, como um animal, e tinha feridas abertas no corpo”, afirmou.

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A jovem fez um apelo ao governo português, pedindo uma intervenção para garantir que Fábio seja tratado com dignidade durante o processo de extradição. “Ele sabe que tem de pagar pelos erros que cometeu, mas isso não justifica o tratamento desumano. Pedimos dignidade, nada mais”, reiterou.

Explicou que Fábio, embora envolvido na fuga, não planeou a fuga. Juntou-se aos outros fugitivos numa decisão tomada no momento. “Ele arrepende-se profundamente do que aconteceu após a fuga”, contou.

“Cada um seguiu por um caminho diferente. Fábio ficou no Sul de Espanha e foi ali que me contactou”, lembra.

O processo de extradição, que já dura cinco meses, tem sido uma fonte constante de sofrimento. “O primeiro mês foi difícil. Ele esteve numa cela praticamente sem condições, quase sem água e luz. Quando o vi, estava completamente destruído”, relatou, destacando as condições precárias em que Fábio viveu nesse período.

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