O Movimento Cívico Pela Estação Nova de Coimbra (MCEN) quer manter em funcionamento a Estação Central da cidade, cujo encerramento está previsto para 2023, no âmbito do projeto de Metrobus.
Luís Neto quer “evitar o fim” desta estrutura.O porta-voz do MCEN acredita em pontos de diálogo com o executivo da Câmara. Para já, aguardam por uma reunião, marcada para dia 23 deste mês, onde contam mostrar a informação que foram recolhendo ao longo do tempo e os principais pontos de reivindicação.
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“Este é um tema de grande importância, que tem suscitado algum debate na cidade, nomeadamente nas últimas eleições autárquicas e legislativas” adianta o membro do MCEN, sustentando que “há duas semanas foi lançada uma petição pública contra o encerramento da Estação Central de Coimbra e que já conta com mais de 1500 assinaturas, propondo à Assembleia da República e ao Governo que o encerramento da Estação Nova seja reequacionado, uma vez que se trata de um nó nevrálgico na rede local, regional e nacional de transportes públicos, e deve ser mantido e melhorado”.
Luís Neto realça, ainda, que “deve ser estudado, projetado e implementado um novo traçado para o Metro Mondego, de modo a preservar a estação e a linha ferroviária, garantindo um melhor serviço do sistema Metrobus àquela zona da cidade”.
A Estação Central de Coimbra, também conhecida como Coimbra-A, Estação Nova “é o epicentro da rede ferroviária suburbana da cidade, assegurando ligações diretas do centro a toda a região Centro”, frisa.
“O encerramento da Estação Central de Coimbra é um erro grave, que trará múltiplas consequências para a mobilidade dos conimbricenses e dos muitos habitantes da região que se deslocam até à cidade”, afirmou ao NDC Luís Neto, reforçando que esta estrutura “serve, anualmente, pelo menos 1,3 milhões de passageiros, fazendo dela uma das estações ferroviárias com maior afluência em Portugal e graças à sua localização, é um importante e insubstituível interface regional de transportes públicos, dispondo de comboios, da maioria das linhas de autocarros urbanos que servem a cidade, de carreiras regionais e interurbanas de autocarros de vários operadores privados e, futuramente, do Metrobus”.
O impulsionador deste Movimento (criado em março do ano passado)afirma que “o encerramento da Estação Central em nome do Metrobus corresponde à destruição de infraestruturas existentes e à sua substituição por um modelo que presta serviços de qualidade inferior, dada a tipologia dos veículos utilizados pelo Metrobus”.
Luís Neto refere, ainda “que todos os que se dirigem a Coimbra vindos de locais como Figueira da Foz, Aveiro, Guarda e Entroncamento, mas também de pontos intermédios como Alfarelos, Montemor-o-Velho, Soure, Pombal, Taveiro, Souselas, Pampilhosa, Mealhada, Luso, Mortágua ou Santa Comba Dão, serão prejudicados com o encerramento”.
Veja o vídeo do Direto NDC:
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