Justiça

“Motim” no Estabelecimento prisional de Lisboa

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 04-12-2018

 

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 O motim registado na Ala B do Estabelecimento Prisional de Lisboa “já está resolvido” e os reclusos estão nas celas, disse hoje à Lusa o diretor dos Serviços Prisionais.

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Em declarações à agência Lusa, Celso Manata disse que os cerca de “160 a 170” reclusos daquela ala se revoltaram por hoje não terem tido visitas, como estava previsto, e amotinaram-se com gritos, colchões e papéis queimados e algum material partido, obrigando a “usar a força” por parte do Corpo da Guarda Prisional.

De acordo com responsável da Direção-Geral dos Serviços Prisionais e de Reinserção, os desacatos ficaram revolvidos pouco após as 20:00 e os reclusos foram fechados nas suas celas, não tendo sido necessário recorrer ao Grupo de Intervenção de Segurança Prisional (GISP), que entretanto foi ativado, como acontece nas situações de emergência.

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Celso Manata explicou que estes desacatos se deveram também ao facto de, finalizada hoje a greve de quatro dias dos Guardas Prisionais, o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), que convocou a paralisação, ter marcado um plenário para quarta-feira, inviabilizado novamente as visitas.

“A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais informa que os reclusos se encontram encerrados nas celas desde cerca das 20 horas e 15 minutos, não havendo, neste momento, registo de feridos quer entre guardas prisionais, quer entre reclusos”, segundo um comunicado entretanto enviado às redações.

Ao local, acorreu o Regimento de Sapadores Bombeiros, com sete viaturas (viaturas-escada, combate a incêndios, ambulância e comando) e 25 homens.

Os guardas prisionais marcaram esta greve de quatro dias para exigir a revisão do estatuto profissional e a progressão na carreira, além de contestarem o novo horário de trabalho.

Segundo o SNCGP, a greve teve uma adesão de cerca de 80%.
O universo de guardas prisionais ronda os 4.350 para uma população prisional perto dos 13.000 reclusos.

O presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) rejeitou hoje responsabilidade pelo “motim” registado na Ala B do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), referindo que já ocorreram outras situações similares este ano no local.

“A Direção-geral [de Reinserção e Serviços Prisionais] está a aproveitar a situação para atirar a responsabilidade para cima do sindicato e do corpo da guarda prisional, o que é lamentável. Não reconhece que o novo horário criou muitos constrangimentos aos visitantes e aos reclusos visitados”, disse Jorge Alves, em declarações à agência Lusa.

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