O Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, é um dos mais antigos e emblemáticos monumentos nacionais, com uma história que remonta a 1131, ano da sua fundação pelos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.
Construído fora das muralhas medievais da cidade, o mosteiro assumiu, desde cedo, um papel central na vida religiosa e política do reino. O próprio D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, frequentava o mosteiro para assistir aos ofícios religiosos após as batalhas da Reconquista Cristã. Hoje, tanto ele como o seu filho, D. Sancho I, estão sepultados neste espaço sagrado, conferindo-lhe o estatuto de panteão nacional.
Mais do que um centro religioso, Santa Cruz foi berço dos primeiros estudos medievais em Portugal, contribuindo ativamente para a consolidação do poder real emergente, através da sua vocação educativa e formadora. Foi neste ambiente de saber e espiritualidade que viveu Santo António de Lisboa, uma das figuras mais influentes da Igreja Católica e da cultura cristã dos séculos XII e XIII.
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No século XVI, o mosteiro sofreu uma profunda transformação arquitetónica e artística sob a direção do arquiteto Diogo de Boitaca, um dos grandes nomes do Renascimento português. A igreja, o claustro e as capelas foram reconstruídos, resultando num dos conjuntos mais notáveis do período, escreve o site Visit Portugal.
Entre os elementos mais impressionantes destacam-se a fachada renascentista, o púlpito em pedra trabalhada, os túmulos reais, o Claustro do Silêncio, os baixos-relevos escultóricos e os quadros da sacristia, que preservam a riqueza artística do monumento.
Atualmente, o Mosteiro de Santa Cruz está aberto a visitas e continua a atrair milhares de pessoas todos os anos, tanto pela sua importância histórica como pela beleza do seu património.
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