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Moscas na comida! Perigo real ou só nojinho?

Notícias de Coimbra | 14 minutos atrás em 10-11-2025

As moscas domésticas podem carregar milhares de bactérias e contaminam facilmente os alimentos onde pousam, mas nem sempre isso significa risco grave para quem os consome.

Estudos científicos mostram que uma única mosca pode transferir até 40 mil bactérias de um alimento para outro, incluindo E. coli, responsável por intoxicações alimentares. Parte das bactérias pode sobreviver no corpo da mosca durante dias, espalhando-se tanto pelo contacto das patas e boca quanto pelas fezes.

No entanto, o risco de adoecer depende de vários fatores: o tipo de bactéria, a quantidade ingerida e o tempo que o alimento fica exposto. Por exemplo, enquanto uma mosca pousa na comida que vamos comer imediatamente, o perigo é quase nulo. Mas se a comida fica exposta durante horas em mercados ou cozinhas, as bactérias podem multiplicar-se e produzir toxinas, avança o site ZAP.

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Mesmo assim, especialistas como o geneticista Kevin Verstrepen garantem que pessoas com sistema imunitário saudável dificilmente adoecem por uma mosca que pousou no prato. “Pode ser que passe algumas horas na casa de banho depois, mas dificilmente haverá risco de vida”, diz o cientista, com humor.

O local onde a mosca esteve também faz diferença: moscas capturadas em hospitais, casas e explorações agrícolas têm microbiomas internos semelhantes, mas a superfície do corpo carrega bactérias diferentes, dependendo do ambiente. Ou seja, qualquer lugar pode ser uma “boleia” de microrganismos.

Conclusão: o nojo é legítimo, mas o perigo é limitado. Uma mosca no almoço pode ser mais um inconveniente do que uma ameaça à saúde, desde que o alimento seja consumido rapidamente e dentro de condições higiénicas.

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