Coimbra

Moradores de Coimbra exigem estudo com alternativas ao traçado da Alta Velocidade

Notícias de Coimbra | 10 meses atrás em 29-06-2023

Os moradores da União de Freguesias de Taveiro, Ameal e Arzila, no concelho de Coimbra, exigiram hoje um estudo com alternativas ao traçado de Alta Velocidade, que apresente soluções com menor impacto para as populações locais.

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“Solicitamos à Câmara Municipal que faça chegar o desagrado das populações locais e da própria freguesia a todas as instituições responsáveis pelos estudos e projetos de Alta Velocidade, exigindo, em todo o nosso concelho, a apresentação de alternativas e soluções com menor impacto para as populações locais”, alegou o presidente da União de Freguesias de Taveiro, Ameal e Arzila, Jorge Mendes.

Na sua intervenção no período antes da ordem do dia da sessão ordinária da Assembleia Municipal de Coimbra, que decorreu esta tarde no Convento São Francisco, o eleito da CDU falou em nome dos seus fregueses e levou à votação uma moção a exigir alternativas ao traçado da linha ferroviária de alta velocidade entre Porto e Lisboa (fase 1), no troço Porto – Soure – Troço B.

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A moção, apresentada sob a presença de cerca de duas dezenas de moradores, a maioria da Quinta das Cunhas (Ameal), onde “muitas casas serão deitadas abaixo”, foi aprovada por maioria, contando com 39 votos a favor, dois contra e seis abstenções.

O documento aprovado solicita à Câmara Municipal de Coimbra que promova “todas as diligências possíveis para que seja criado um gabinete responsável pelo acompanhamento do projeto de alta velocidade”.

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Este gabinete teria nas suas funções “atender às preocupações das pessoas, no sentido de estudar e propor alternativas de traçado”, bem como “ajudar as populações a fazer chegar as suas preocupações e propostas às entidades competentes.

Caber-lhe-ia ainda, “seja qual for o trajeto e projeto final aprovado, fazer um acompanhamento técnico da sua execução no sentido de acautelar os direitos patrimoniais, assim como o bem-estar das populações afetadas”.

Na moção é também solicitado que a União de Freguesas de Taveiro, Ameal e Arzila ou os representantes do grupo de lesados sejam recebidos, nos próximos dias, pelo presidente da Câmara Municipal de Coimbra ou por técnicos da autarquia.

Sobre o projeto da alta velocidade, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, evidenciou que os seus possíveis traçados já andam a ser estudados “há demasiados anos” e que “haverá sempre alguém a sair prejudicado”.

Apesar de lamentar “a inevitabilidade da demolição de cerca de 30 habitações”, entende que “Coimbra não pode parar e ficar sem alta velocidade”.

“Se o fizermos, perdemos o comboio do desenvolvimento. Sem alta velocidade Coimbra ficará progressivamente uma aldeia histórica”, apontou o autarca eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, PPM, Aliança, RIR e Volt).

José Manuel Silva informou ainda que o gabinete de acompanhamento “está constituído”, sendo liderado pela vereadora da Câmara Municipal de Coimbra, Ana Bastos.

Já a eleita Lúcia Santos, do Nós, Cidadãos!, considerou que a moção “é extemporânea”, por o traçado se “encontrar em período de consulta pública”, embora se tenha mostrado solidária com as preocupações dos populares.

Também a eleita do CDS-PP, Helena Mendes, deixou a sua solidariedade para com os moradores da margem esquerda do rio Mondego, no entanto, recordou que nesta fase ainda não estão esgotadas as possibilidades de virem a ser introduzidas algumas correções.

O eleito da CDU, Manuel Rocha, vincou que o conteúdo da moção é urgente e que esta também é uma forma de discussão pública dos problemas dos cidadãos.

Por sua vez, também a bancada do PS, através de Ferreira da Silva, mostrou-se solidária com os habitantes.

 

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