Política

 Montenegro diz que sem economia forte não há “verdadeira democracia

Notícias de Coimbra | 5 minutos atrás em 27-09-2025

 O presidente do PSD defendeu hoje que sem criação de riqueza que permita uma economia forte não há “uma verdadeira democracia” e prometeu aos moradores dos territórios de baixa densidade que o Governo não os deixará sozinhos.

Na apresentação do candidato apoiado pelo PSD à Câmara Municipal de Penalva do Castelo (distrito de Viseu), o independente Michael Baptista, Luís Montenegro reiterou a prioridade do seu Governo à agricultura, floresta e pecuária, dizendo que essa política “assenta que nem uma luva neste território”.

“Se não houver criação de riqueza, se não houver uma economia forte, se não houver uma boa escola pública, se não houver acesso a cuidados de saúde, nós não temos uma verdadeira democracia e quem sofre é sempre quem tem menos, quem sofre é sempre quem tem mais dificuldade”, avisou.

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O líder social-democrata saudou o acolhimento de vários independentes nas listas do PSD “como reforços” para o projeto do partido e, em tom bem-humorado, recordou que conheceu o agora candidato quando fez uma cabidela no âmbito da iniciativa “Sentir Portugal”, quando percorreu todos os concelhos do país ainda líder da oposição.

“Ele não disse, mas eu também fiz caneja. E não foi fácil, foram cinco galos, só para mexer a panela eu precisava de ajuda”, brincou.

Em Penalva do Castelo, como antes tinha feito no concelho de Góis, defendeu que o seu executivo está a privilegiar o investimento feito nos territórios de baixa densidade e aposta no setor primário.

“Eu sou um primeiro-ministro, um líder de um governo e um líder de um partido, que entende que a agricultura, o setor primário, a produção florestal e a rentabilidade da floresta, a complementaridade entre a agricultura, o turismo, o comércio e a indústria são uma estratégia de desenvolvimento”, frisou.

O também primeiro-ministro elogiou Penalva do Castelo pelo seu “bom vinho, bom queijo e boa maçã Bravo de Esmolfe” e defendeu que é possível ter, em territórios como este, empresas e turismo.

“É possível cuidar do ambiente, é, e é possível ter uma agricultura mais tecnológica, mais produtiva e mais rentável, é, é possível ter mais ordenamento e rentabilidade florestal, é, é possível que com essa dinâmica todos se sintam melhor na sua terra”, disse.

Numa nota que também já tinha deixado à tarde, voltou a referir a segurança como um ativo do país e deixou uma palavra, de passagem, sobre a imigração.

“O nosso país precisa de imigrantes para trabalhar, mas os imigrantes têm que vir para trabalhar e têm que vir respeitando aquilo que são os nossos hábitos, a nossa cultura e dando-lhes por isso mais dignidade, dando-lhes mais oportunidades para eles nos ajudarem a criar riqueza”, afirmou.

Na última iniciativa de hoje da campanha do PSD para as autárquicas de 12 de outubro, Montenegro quis encerrar o dia com uma mensagem de esperança.

“Acreditem que este país se constrói também com a vossa participação (…) não vão ficar sozinhos, nós vamos continuar a ser parceiros”, assegurou, manifestando confiança de que o PSD consiga conquistar Penalva do Castelo ao PS.

Também o candidato Michael Baptista manifestou idêntica confiança, devolvendo ao primeiro-ministro o convite para uma refeição depois da esperada vitória.

“Amigo, vais ver,a partir de dia 12 vou-te convidar para comeres uma bela feijoada à moda do Michael Baptista”, afirmou.

Às eleições de 12 de outubro, para a Câmara Municipal de Penalva do Castelo, no distrito de Viseu, além do independente Michael Batista, pelo PSD, concorrem também José Laires (PS), António Vilarigues (CDU) e Paula Rebelo (Chega).

Em 2021, o Partido Socialista (PS) elegeu três mandatos com 56,68% do eleitorado (2.893 votos), a coligação PSD/CDS-PP conquistou 37,11% (1.894 votos), conseguindo dois eleitos, enquanto a CDU teve 1,59% (81 votos). Dos 7.448 inscritos, votaram 5.104 pessoas.

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