O líder do PSD acusou hoje deputados e dirigentes do Chega de espalharem desinformação a propósito de um “pequenino episódio” no debate com todos os partidos na RTP, alertando para o que poderiam fazer com questões de Estado.
Luís Montenegro falava num encontro com jovens no Porto, uma iniciativa da campanha da AD (coligação PSD/CDS-PP) para assinalar o Dia da Europa.
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Questionado pelo líder da JSD, João Pedro Louro, sobre os perigos da desinformação, o também primeiro-ministro contou o que se passou no domingo, no debate com todos os líderes partidários, em que percebeu, depois, pelos comentários nas redes sociais que tinha dado “um grande alarido” a circunstância de não ter cumprimentado o líder do Chega, André Ventura, dentro do estúdio televisivo.
“Vai daí, nesse dia e seguintes, os dirigentes do Chega fizeram um aproveitamento: ‘Que diabo, o homem é mal-educado, não tem respeito democrático’”, citou, em tom bem-disposto.
Montenegro esclareceu, contudo, que tinha cumprimentado Ventura “vinte segundos antes” de entrar no estúdio, à saída da maquilhagem, e não achou necessário fazê-lo novamente, dizem não ter ideia – e acreditar que Ventura também não – do “sururu” que iria criar.
“Passados uns dias, é uma deputada do Chega, Rita… Como é que ela se chama? Rita Matias. E o ‘não sei quantos’ Frazão que andam para aí a incendiar as redes sociais. Não acredito que André Ventura não lhes tenha dito”, afirmou.
E concluiu: “O grave disto é que estamos a falar de deputados da Assembleia da República, munidos da informação fidedigna, utilizam uma perceção e criam uma onda de reações propositadas na base de ‘fake news’”, criticou.
“Fizeram isto com este pequenino pormenor, imaginem o que não são capazes de fazer com questões de Estado, com questões da governação, com questões que impactam nas pessoas. Isso também está em causa na decisão do próximo dia 18”, avisou.
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