Assinaturas NDC

Apoie a nossa missão. Assine o Notícias de Coimbra

Mais tarde

Região

Montemor-o-Velho criou mais de 50 medidas de apoio devido à pandemia

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 27-05-2021

A autarquia de Montemor-o-Velho, no Baixo Mondego, criou mais de 50 medidas de apoio aos seus munícipes face à pandemia de covid-19, algumas das quais pioneiras no país, disse à agência Lusa o presidente da Câmara.

PUBLICIDADE

De entre a lista de mais de meia centena de medidas, que começou a ser posta em prática em 2020 e já ocupa “três páginas A4”, Emílio Torrão destaca, entre as mais importantes, o apoio aos empresários e ao comércio local “nas perdas que tiveram” mas também às famílias, seja pelo empréstimo de equipamentos informáticos, adquiridos pelo município, para ensino à distância, seja pela entrega de medicamentos, cabazes alimentícios ou apoio de proximidade a idosos, entre muitas outras.

Uma das medidas mais recentes – o Programa Municipal de Apoio ao Desenvolvimento Económico/Recuperação, no valor de 60 mil euros – pretende ajudar a combater os efeitos da pandemia sobre empresas e empresários em nome individual “que tenham perdido no mínimo um terço da faturação e com até 25 postos de trabalho”.

PUBLICIDADE

publicidade

O apoio financeiro “de natureza pontual e excecional” e “que está agora a ser pago” incide sobre 37 empresas de Montemor-o-Velho, às quais confere “liquidez de tesouraria imediata e a fundo perdido”.

Sobre o comércio local, Emílio Torrão frisou que o município foi “o primeiro” a criar “do zero” uma plataforma informática para o dinamizar, que junta os vendedores aos compradores.

PUBLICIDADE

“Foi um sucesso, teve muita adesão. Foi feito ainda o ano passado e tivemos até muita pressão de vendedores de Coimbra e da Figueira [da Foz] que queriam ingressar na nossa plataforma”, argumentou.

O rol de medidas inclui ainda diversas isenções de taxas e alargamento de prazos, mas também incidiu numa descida de impostos: “O IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis] teve uma descida muito forte, com a pandemia as pessoas tiveram perda de rendimento e a forma mais democrática de beneficiar toda a gente com a nossa ajuda foi no IMI”, declarou Emílio Torrão.

A autarquia, destacou ainda, foi “das primeiras” a realizar testes ao vírus que provoca a covid-19 junto dos seus colaboradores e nas instituições particulares de solidariedade social: “Fizemos 2.600 testes [cerca de 10% da população do concelho] e não tivemos surtos graves, conseguimos atalhar caminho”, argumentou o autarca.

Por outro lado, Montemor-o-Velho dispõe de um centro de vacinação “que está à frente de todas as médias nacionais”.

“Tem uma espera de minutos, de manhã à noite, em parceria com o centro de saúde. Temos índices de cobertura muito elevados, acima dos 90%, em todas as idades. Mesmo as pessoas que não se queriam vacinar, por desinformação, porque os filhos estão mal informados, conseguimos trazê-las à vacina. É um trabalho que tem horas e horas de telefone”, enfatizou.

Depois da tempestade Leslie em 2018, das cheias do Mondego em 2019 e da pandemia de covid-19 desde 2020, Emílio Torrão disse sentir que teve “um azar incrível” no seu segundo mandato enquanto presidente da autarquia.

“Tive no meu mandato todas as pragas e todo o tipo de vicissitudes. Porque não há mais nada que eu possa passar por provação, tudo aconteceu, desde ventos, tempestades, inundações até à pandemia”, e ainda um acidente pessoal que obrigou a uma recuperação demorada.

“Isto também gerou oportunidade de mostrar o trabalho que fazemos na Câmara, em termos de teletrabalho, de eficácia dos serviços ‘online’, fazemos reuniões digitais sem qualquer problema. Se não tivéssemos feito o trabalho preparatório para desmaterializar a Câmara, não teríamos sobrevivido com a facilidade com que sobrevivemos à pandemia”, alegou.

“Um presidente de Câmara só tem duas hipóteses, ou é eficaz e vê-se ou fica pelo caminho e vai com a enxurrada”, ilustrou.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

WP Twitter Auto Publish Powered By : XYZScripts.com