Luís Miguel Militão, conhecido como o “monstro de Fortaleza” por ter atraído seis portugueses ao Brasil para os assassinar em 2001, passou o Natal em liberdade, junto da família, após beneficiar de uma saída temporária da prisão entre os dias 19 e 25 de dezembro.
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O homicida, condenado a 150 anos de prisão, obteve autorização da justiça brasileira com base no seu bom comportamento carcerário. Na decisão, a que o Correio da Manhã teve acesso, o tribunal sublinha que o “convívio familiar é reconhecidamente importante para o processo de ressocialização” e destaca o facto de Militão não ter histórico de tentativas de fuga nem registos disciplinares graves nos últimos três anos.
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Durante os sete dias fora da cadeia, Militão permaneceu na casa do cunhado, Manuel Cavalcante, numa quinta isolada no interior de Fortaleza. Cavalcante foi também condenado por envolvimento nos crimes, tendo cumprido pena e sido libertado há seis anos.
Ao longo da saída precária, Militão esteve sujeito a vigilância eletrónica, com pulseira no tornozelo, e obrigado a permanecer recolhido, podendo deslocar-se apenas no trajeto entre a residência autorizada e a unidade prisional.
A autorização foi concedida pela juíza responsável pela execução penal do processo que, na mesma decisão, datada de 12 de dezembro, analisou ainda um pedido de trabalho externo apresentado por Militão. A magistrada determinou a realização de diligências para confirmar a veracidade da proposta de emprego, alegadamente apresentada pelo cunhado, atualmente proprietário de uma padaria.
Luís Miguel Militão ficou conhecido internacionalmente após ter atraído cidadãos portugueses ao Brasil com falsas promessas de trabalho, assassinando-os posteriormente. O caso gerou forte comoção em Portugal e no Brasil, permanecendo como um dos crimes mais marcantes envolvendo vítimas portuguesas no estrangeiro.
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