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Miranda do Corvo rejeita exploração de caulino no município

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 21-02-2014

O município de Miranda do Corvo manifestou hoje “total oposição” à exploração de depósitos minerais de caulino numa área de 3,8 quilómetros quadrados, que abrange também o concelho vizinho da Lousã.

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Na sessão de Câmara desta manhã, o presidente da autarquia, Miguel Baptista (PS), considerou que a concessão solicitada “provocaria graves impactes ambientais”, ideia que foi corroborada pelos vereadores da oposição (coligação PSD/CDS).

“Manifestamos a nossa total oposição a esta concessão, que causaria prejuízos ambientais incalculáveis”, sublinhou o autarca.

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De acordo com o aviso publicado em Diário da República no dia 28 de janeiro, a Direção Geral de Energia e Geologia torna público o requerimento para a atribuição de direitos de exploração de caulinos na área “Miranda-Lousã”, numa extensão de 3,81 quilómetros quadrados.

Miguel Baptista adiantou que estão a ser desenvolvidos contactos com o município vizinho da Lousã para que seja tomada uma posição conjunta de rejeição à concessão, que abrange solos integrados em Reserva Agrícola Nacional.

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A autarquia de Miranda do Corvo aprovou, por unanimidade, uma proposta de rejeição, que será enviada à Direção Geral de Energia e Geologia, dentro do prazo de 30 dias para apresentação de reclamações estipulado pelo aviso publicado em Diário da República.

“Se necessário for mobilizamos as populações para mostrar a nossa total oposição ao avanço da concessão”, referiu ainda o presidente do município.

No sábado, o líder da distrital de Coimbra do PS escreveu uma carta aberta aos ministros do Ambiente e da Economia, convidando-os a visitar os concelhos de Figueira da Foz, Cantanhede, Soure e Mira, também ameaçados por explorações de caulinos.

Segundo o socialista Pedro Coimbra, a exploração mineira de caulino a “céu aberto” proposta para aqueles municípios “contraria, tal como está provado e fundamentado, os princípios mais básicos do equilíbrio social, da sustentabilidade ambiental e do desenvolvimento humano”.

Já em fevereiro, os deputados do PS eleitos pelo círculo de Coimbra questionaram o ministro do Ambiente sobre a anunciada exploração de caulinos no concelho de Cantanhede, inquirindo, entre outros pontos, sobre a avaliação das reclamações apresentadas pelas autarquias.

No caso específico de Cantanhede, os deputados socialistas apontam a situação das áreas do Pinhal das Almas e Fonte da Areia, “atenta a possível contaminação da nascente dos Olhos de Fervença”, que abastece uma população de mais de 60 mil habitantes.

 

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