Coimbra

Mira, tiene clavar congelado?

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 07-11-2013

A Pescanova rejeitou hoje estar a planear um desinvestimento na unidade de aquicultura em Mira (Aveiro) e sublinhou que espera retomar a produção normal nesta instalação a partir do próximo ano.

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Um jornal galego dava hoje conta de que a empresa espanhola queria “livrar-se” da sua unidade de aquicultura em Mira por considerar que o projeto não é estratégico e acumular prejuízos, mas a Pescanova garante que “não está previsto nenhum desinvestimento em nenhuma das unidades do grupo, exceto na Austrália”.

A Pescanova afirma, num comunicado, que “a unidade Acuinova em Mira, que emprega atualmente 169 pessoas, continua a ser uma empresa viável, que tem sempre honrado os compromissos com os seus colaboradores e fornecedores”.

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O comunicado acrescenta que “as notícias que têm vindo a ser publicadas não refletem a realidade da Acuinova Mira e prejudicam todos os intervenientes neste processo, numa fase em que a empresa precisa do empenho de todos para dar continuidade à viabilidade que o projeto tem demonstrado ter”.

Segundo a empresa, o Plano de Viabilidade do grupo, apresentando na quarta-feira, prevê uma injeção de capital de 185 milhões de euros no primeiro ano e um EBITDA (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) de 119 milhões de euros nesse período. Para quatro anos seguintes estima-se um crescimento acumulado de 19%.

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A Pescanova adianta que a reparação do problema técnico num dos emissários da Acuinova Mira está “em fase de finalização” esperando retomar a produção normal em 2014.

Dos 82 colaboradores que estavam em ‘layoff’ (suspensão temporária do contrato de trabalho), 72 já foram incorporados e os outros dez devem regressar ao trabalho no início do próximo mês.

A empresa Acuinova Portugal estava inicialmente para ser instalada na zona de Touriñán, mas o então Governo de coligação do PSOE e do BNG impediu a sua construção alegando que aquela era uma zona protegida.

O então presidente da Pescanova, Manuel Fernández de Sousa, mudou o projeto para Portugal com o objetivo de criar a maior unidade de pregado do mundo, capaz de produzir 7.000 toneladas por ano, refere a imprensa.

Números que não se cumpriram, tendo a unidade portuguesa produzido apenas 2.880 toneladas em 2010, 3.931 em 2011 e 4.397 toneladas no ano passado.

O jornal galego La Voz de Galicia refere que esses resultados se devem a graves falhanços na infraestrutura, que levaram a Pescanova a apresentar uma queixa contra a Sacyr por defeitos de construção que ocasionaram vários acidentes e prejuízos superiores a 50% da produção.

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