Região

Mira planta mais de um milhão de árvores para reflorestar pinhal ardido de 2017

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 22-11-2022

A Câmara Municipal de Mira vai plantar mais de um milhão de árvores, com o intuito de reflorestar uma área de 1.500 hectares, que tinha sido destruída nos incêndios de outubro de 2017.

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Esta candidatura pretendia “fazer uma reflorestação de parte da nossa área que ardeu. Em 2017 arderam 6.800 hectares de floresta. Nós com este projeto vamos reflorestar 1.500 [hectares]. […] Vamos plantar 1.625.000 árvores”, disse hoje numa conferência de imprensa, em Mira, o presidente da Câmara Municipal, Raul Almeida.

Em 2021 foi feito um protocolo entre a Câmara Municipal de Mira, no distrito de Coimbra, e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), em função do qual a autarquia passou a poder “fazer aquela reflorestação”.

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O projeto, submetido em dezembro de 2020 ao Programa de Desenvolvimento Regional (PDR) 2020, foi aprovado e está já em execução desde o mês de outubro.

Trata-se de uma candidatura no valor de cerca de 2,3 milhões de euros, que teve o apoio de fundos comunitários no valor de cerca de 1,8 milhões de euros.

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A área para executar estava anteriormente ocupada por povoamentos de pinheiro-bravo, tendo sido destruído todo o arvoredo, pelo incêndio florestal que ocorreu em 15 de outubro de 2017.

O autarca deu ainda nota de que foi assinado hoje um protocolo de acompanhamento deste projeto com o ICNF, já que este Instituto tem técnicos especializados para ajudar a fazer esse trabalho.

A intervenção começou no mês de outubro e está prevista terminar em outubro de 2024.

De acordo com a Câmara de Mira, a operação caracteriza-se pela recuperação do perímetro florestal, a preparação do terreno para acomodar a plantação, com operações de corte e redução da estilha, e deposição no solo da vegetação arbustiva constituída por matos e acácia de espigas dentro da área de intervenção.

A plantação vai ser em pinheiro-bravo na maior parte da área, e de pinheiro-manso, nas áreas identificadas da rede primária.

As áreas envolventes das linhas de água vão ser alvo de trabalhos de limpeza e desmatação moto-manual, mantendo as espécies ripícolas autóctones.

O projeto prevê ainda uma replantação de uma percentagem das árvores que não sobreviverem.

“Existe ainda espaço para uma retancha, que é cerca de 20% da área total do projeto de reflorestação”, afirmou o vereador com o pelouro das florestas, Bruno Alcaide.

Para a diretora regional do Centro do ICNF, Fátima Reis, esta iniciativa vem “contribuir para a mitigação das alterações climáticas. […] Tudo isto vai também potenciar o aumento da conservação da natureza, o aumento da biodiversidade nas nossas áreas”.

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