Política

Ministro critica diferença de atenção dada a greves e capacidade de as evitar

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 23-07-2021

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, criticou hoje a diferença na atenção que se dá a uma greve e à capacidade de se evitarem as próximas.

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“Somos capazes de dar atenção a uma greve com impacto brutal sobre o país, mas depois não damos a mesma atenção quando se conseguem evitar as próximas”, afirmou Pedro Nuno Santos no início da sua intervenção na apresentação das carruagens ARCO no Parque Oficinal de Guifões, em Matosinhos, no distrito do Porto.

Na quinta-feira, os sindicatos dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e dos Economistas (SE) desconvocaram as greves anunciadas na Groundforce para final de julho e agosto, depois de receberem a garantia do Governo de que o salário de julho será pago atempadamente (dia 28), e o subsídio de férias e anuidades vencidas antes dessa data, enquanto outras estruturas sindicais decidiram manter os pré-avisos até que os pagamentos sejam concretizados.

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Antes de se focar na ferrovia, Pedro Nuno Santos aproveitou para dizer que se vivem “tempos estranhos em que a negatividade se apoderou de todos”.

“Vamos dando espaços a notícias mais negativas do que aquelas que o país vai mostrando de positividade”, frisou.

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Além disso, o ministro exemplificou ainda o foco que se dá “às dificuldades e complexidades na resolução de um grande desafio” que é a TAP, diferente daquele que se dá a aspetos positivos como o facto da companhia aérea ter sido a terceira mais pontual da Europa em junho.

O Ministério das Infraestruturas e Habitação anunciou, em comunicado, que a TAP vai pagar diretamente aos trabalhadores da Groundforce o valor correspondente ao subsídio de férias e às anuidades em atraso.

“Esta foi a solução encontrada para ultrapassar a recusa na semana passada da administração da Groundforce em aceitar a transferência da TAP que permitiria o pagamento aos trabalhadores do subsídio que lhes era devido”, adiantou o Governo.

Os trabalhadores da Groundforce cumpriram dois dias de greve no fim de semana passado, como protesto pela “situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias” que os trabalhadores da Groundforce enfrentam desde fevereiro de 2021.

A paralisação levou ao cancelamento de centenas de voos, sobretudo no aeroporto de Lisboa.

Além desta greve, desde o dia 15 de julho que os trabalhadores da Groundforce estão também a cumprir uma greve às horas extraordinárias, que se prolonga até às 24:00 do dia 31 de outubro de 2021.

A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.

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