Política

Ministra diz que país está a fazer “o maior esforço” no combate aos incêndios

Notícias de Coimbra com Lusa | 20 horas atrás em 06-08-2025

A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, garantiu hoje que o país está a canalizar o “maior esforço que se fez até agora” para combater os incêndios florestais, assegurando que estão mobilizados “todos os meios disponíveis”.

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“Temos todos os meios disponíveis dentro daquilo que é possível, porque infelizmente há sempre escassez. Os que temos é o maior esforço que até agora se fez [no combate a incêndios florestais]. Se deveríamos ter mais? Com certeza que sim, mas esta é a nossa condição”, disse a governante.

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Maria Lúcia Amaral abordou o tema à margem das comemorações do 158.º aniversário do Comando Metropolitano do Porto da PSP, em Vila do Conde, distrito do Porto, e admitiu que a situação do combate aos incêndios “é tremendamente difícil”.

“O nosso primeiro dever de todos é garantir que a situação não se torne mais difícil. Estamos absolutamente concentrados em combater os incêndios para garantir que os bens e a vida não sejam afetados. Para isso, temos mobilizados todos os meios que estão disponíveis”, afirmou.

A ministra a revelou que “nos últimos dois dias estiveram 1.500 operacionais no terreno, com 328 carros, tendo sido realizadas 95 missões aéreas”, e remeteu para o ministro da Defesa, Nuno Melo, as explicações sobre alegadas falhas nos meios aéreos, envolvendo a falta de ‘kits’ para o combate a incêndios em onze aparelhos da Força Aérea.

“O ministro da Defesa já deu explicações quanto às vicissitudes que poderão ter acontecido em relação a esses meios aéreos, que, tanto quanto sei, não vieram acompanhados do chamado kit necessário. Portanto, se ele já deu essa explicação sobre um tema que domina, não vale a pena eu voltar a dar essa explicação”, disse Maria Lúcia Amaral.

A ministra da Administração Interna disse que Portugal tem, atualmente, 72 meios aéreos operacionais para o combate a incêndios e que o dispositivo depende da articulação entre a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a Força Aérea e o Ministério da Defesa.

“Como tem sido sempre dito pelo Governo, e como foi afirmado pelo senhor Presidente da República, a Força Aérea disponibiliza todos os meios que são possíveis”, referiu.

Sobre os desafios crescentes no combate aos incêndios, a ministra referiu-se aos estudos científicos recentes sobre a propagação do fogo em regiões como o sul da Europa, a Califórnia, o Canadá ou a Austrália.

“Os relatórios que a ciência e os especialistas têm produzido sobre esta matéria dizem que somos capazes de limitar logo à partida 95% dos incêndios. Mas, há 5% que não se controlam logo de início e cuja extensão [de área ardida] será cada vez maior. É este o drama que se vive em Portugal, no sul da Europa e um pouco por todo o mundo”, partilhou.

Ainda assim, Maria Lúcia Amaral afirmou ter total confiança “nas decisões estratégicas que cabem à chefia da Agência Nacional para a Emergência e Proteção Civil”.

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