CHUC

Ministra diz em Coimbra que Governo quer assegurar serenidade nos blocos operatórios

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 11-02-2019

A ministra da Saúde, Marta Temido, defendeu hoje um “clima de serenidade” nos blocos operatórios face à greve dos enfermeiros, realçando que a requisição civil decretada pelo Governo visa assegurar esse objetivo.

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“Acima de tudo, desde o início desta greve, o Ministério da Saúde e os conselhos de administração dos hospitais que integram o Serviço Nacional de Saúde (SNS) procuraram que fossem cumpridos os serviços mínimos” nas cirurgias, afirmou Marta Temido.

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Em declarações aos jornalistas, em Coimbra, a ministra da Saúde salientou que “apenas passados alguns dias da entrada em incumprimento” dos enfermeiros em greve quanto aos serviços mínimos, o Governo avançou para a medida de requisição civil, mas “apenas proporcionalmente”, tendo em conta as necessidades identificadas nos diferentes hospitais públicos.

Em cada caso, a fixação dos serviços mínimos “é uma decisão médica apoiada pelas equipas dos blocos operatórios”, incluindo as direções de enfermagem, esclareceu.

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“Não me parece que nos aspetos técnicos haja contendas”, entre os enfermeiros em greve e o Ministério da Saúde, acentuou Marta Temido.

A ministra falava aos jornalistas no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), no final de uma visita à unidade, para assinalar o Dia Mundial do Doente, que terminou com a apresentação do projeto “H2 – Humanizar o Hospital I CHUC”.

Tendo como coordenador João Pedroso Lima, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e diretor da Unidade Intermédia de Gestão de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica do CHUC, o projeto visa sensibilizar os profissionais e o público em geral para a humanização da relação com os doentes.

“Trata-se de um assunto que diz respeito a cada um de nós”, afirmou João Pedroso Lima, depois de uma ação simbólica, à entrada do auditório principal do CHUC, em que dezenas de profissionais se mantiveram algum tempo em silêncio, ostentando um cartaz alusivo ao programa “H2 – Humanizar o Hospital I CHUC”, que alertava para a necessidade de evitar o ruído dentro do hospital.

Importa, na sua opinião, “tentar fazer alguma coisa, mesmo que seja difícil”, para reduzir a produção de ruído nas dependências da instituição, para que todos possam “construir um hospital de futuro”.

“Esta é uma maneira de defender e lutar pelo SNS”, já que, frisou, a tecnologia “não consegue fazer o que fazem os seres humanos”.

Para o presidente do CHUC, Fernando Regateiro, “esta é uma forma” de as pessoas “serem estimuladas a fazer melhor e diferente”.

O projeto hoje apresentado “daqui a uns anos vai fazer a diferença”, acrescentou o professor universitário.

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