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Ministra da Saúde recusa demitir-se após morte de grávida

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 hora atrás em 31-10-2025

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse hoje que não se demite do cargo, depois de uma grávida ter morrido durante a madrugada na Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra.

“Não, não me demito”, afirmou Ana Paula Martins, que está a ser ouvida no parlamento no âmbito da apreciação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), após ser questionada pela deputada do Chega Marta Silva.

A deputada do Chega lembrou o caso da antiga ministra da Saúde Marta Temido (PS), em 2022, que se demitiu por causa da morte de uma grávida, dizendo que “o PSD foi o primeiro a exigir responsabilidades políticas imediatas”.

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Na resposta, Ana Paula Martins citou a informação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e pela ULS Amadora-Sintra, bem como elencou a abertura dos inquéritos da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), deixando para segundo plano se assumia a “responsabilidade política por esta morte”.

A ULS Amadora-Sintra abriu um inquérito interno às circunstâncias da morte de uma grávida que esteve no hospital na quarta-feira para uma consulta, em que foi detetada uma situação de hipertensão, anunciou a instituição.

Também a IGAS instaurou um processo de inquérito para avaliar a assistência ULS Local de Saúde Amadora-Sintra e a ERS anunciou a abertura de um processo de avaliação com o mesmo objetivo, pelo que os dois organismos vão colaborar “de modo a obter todos os esclarecimentos necessários de forma complementar”.

A ULS Amadora-Sintra explicou, em comunicado, que a grávida de 38 semanas, natural da Guiné-Bissau, deu entrada no serviço de urgência, cerca das 01:50 de hoje, transportada por uma equipa do INEM, em situação de paragem cardiorrespiratória.

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