Saúde

Ministra da Saúde garante reposição de vacinas e apela à adesão

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 26-11-2025

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, assegurou hoje que eventuais falhas de reservas de vacinas já foram ultrapassadas com novas aquisições, destacando a elevada adesão registada em lares e na Rede Nacional de Cuidados Continuados (RNCCI).

“Conseguimos fazer a reposição de ‘stock’ entre unidades locais de saúde (ULS), porque houve essa necessidade, algumas vacinas que estavam em falta, porque tivemos até agora uma adesão muito grande, (…) mas neste momento foi completamente ultrapassada com a aquisição de mais vacinas”, afirmou.

Falando aos jornalistas no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa), em Lisboa, à margem do encontro “SAÚDE nos JUNTA”, sobre o fortalecimento dos sistemas de saúde, particularmente nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Ana Paula Martins apelou à continuidade da vacinação, sobretudo contra a gripe, sublinhando os riscos acrescidos do inverno.

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“Nós vamos continuar a pedir aos portugueses e aos cidadãos que se vacinem sobretudo na área da gripe, porque, como sabem, nós vamos enfrentar o inverno, que exige toda a nossa atenção”, salientou.

A governante reforçou que a vacinação é uma medida essencial de proteção, em particular para os mais vulneráveis.

“A vacinação é, claramente, uma medida importantíssima. (…) Vamos continuar a vacinar todos os dias, o máximo número de pessoas, para fazermos uma proteção dos mais vulneráveis”, acrescentou.

Ana Paula Martins voltou a afirmar que o país está preparado para enfrentar um inverno exigente, apesar das limitações de recursos humanos, destacando a existência de planos de contingência robustos em todas as ULS.

“Nós temos consciência que o inverno vai ser duro, tudo o antecipa, há fatores externos ou exógenos que ainda não sabemos”, declarou.

A governante recordou que o plano de inverno resulta da colaboração entre a Direção-Geral da Saúde, a Direção Executiva do SNS e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, responsável pela vigilância epidemiológica, referindo que está a visitar todas as ULS.

“Aquilo que eu tenho encontrado são duas coisas: planos de contingência robustos e, obviamente, dificuldades de recursos humanos. O Alentejo, por exemplo, é uma área onde, com todo o esforço dos profissionais, estão a fazer tudo para completar as escalas”, indicou.

De acordo com Ana Paula Martins, os planos de contingência têm vários níveis e poderão implicar medidas como a suspensão de atividade programada em caso de pressão acrescida nas urgências.

“Se estivermos com muitos casos na urgência, termos, por exemplo, de parar a atividade programada, que é uma coisa que não gostamos, porque isso faz com que as listas de espera aumentem”, vincou.

Entre as medidas preparadas, a ministra destacou o reforço de camas de retaguarda, o uso crescente da telemedicina e o aumento da hospitalização domiciliária.

“O mais inovador é o uso da telemedicina, já em algumas ULS, para garantir às pessoas sem médico de família acesso a teleconsulta. (…) A linha SNS24 também está a ser reforçada para fazer face aos mais de 4 milhões de chamadas”, destacou.

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