Política

Ministra da Coesão diz que presidente da Agência dos Fogos tem “enorme respeito” pelos bombeiros

Notícias de Coimbra | 9 meses atrás em 13-08-2023

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, afirmou hoje que o presidente da AGIF, Tiago Oliveira, cujas declarações recentes motivaram um pedido de demissão por parte da Liga dos Bombeiros, tem um “enorme respeito” pela classe.

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“Há uma coisa que eu conheço que é o enorme respeito que o Tiago, como todos nós que estamos na política, temos com os nossos bombeiros”, afirmou a governante, à margem de uma visita aos concelhos de Odemira (Beja) e Aljezur (Faro), afetados por um incêndio que deflagrou em 05 de agosto e foi dado como dominado na quarta-feira.

Na semana passada, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) entregou ao primeiro-ministro uma carta a exigir a demissão do presidente da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Rurais (AGIF), alegando uma “quebra irrecuperável de confiança”.

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Em julho, numa audição no parlamento, o responsável referiu-se ao facto de os “corpos de bombeiros receberem em função da área ardida”, considerando o “objetivo perverso”.

Salientando que, muitas vezes, a forma como os políticos se expressam “pode não ser a mais feliz”, a ministra disse hoje que a declaração do presidente da AGIF “não traduz de todo o sentimento de profundo reconhecimento que o Governo e a população têm relativamente ao trabalho dos bombeiros”.

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“Não devemos alimentar aquilo que não é o sentimento do Governo e muito menos do presidente da AGIF, que é extremamente profissional”, sublinhou, insistindo que conhece “o enorme respeito” que Tiago Oliveira “tem por todos aqueles que fazem parte deste ecossistema de prevenção e de combate aos incêndios”.

Admitindo que ainda é possível fazer melhorias, Ana Abrunhosa salientou que existe “um mundo de diferença” entre o período “antes da AGIF e depois da AGIF” no que diz respeito à prevenção e ao combate aos incêndios.

Perante os deputados, Tiago Oliveira afirmou ainda que “há municípios a gastar meio milhão de euros, uma barbaridade de dinheiro nos bombeiros, quando não gastam dinheiro a gerir a floresta”, sendo necessário equilibrar a prevenção e o combate.

Dois dias depois, a AGIF esclareceu que estas afirmações não colocavam em causa “o muito válido trabalho” dos municípios e bombeiros na proteção contra incêndios florestais, mas defendeu uma revisão na legislação de financiamento das autarquias.

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