Ministra da Administração Interna diz que não é tempo de demissões

Notícias de Coimbra | 8 anos atrás em 16-10-2017

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, reiterou hoje que não tem intenção de se despedir, afirmando que agora é tempo de ações e não de reações.

PUBLICIDADE

publicidade

“Para mim seria mais fácil, pessoalmente, ir-me embora e ter as férias que não tive, mas agora não é altura de demissões”, afirmou a ministra aos jornalistas, depois de questionada varias vezes sobre as suas condições para permanecer no cargo.

PUBLICIDADE

Pelo menos 27 pessoas morreram nos mais de 500 incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia do ano em fogos, revelou hoje a Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC).

Segundo a adjunta de operações da ANPC, Patrícia Gaspar, que falava no ‘briefing’ da manhã de hoje, as vítimas mortais foram registadas nos distritos da Guarda, Coimbra, Viseu e Castelo Branco.

A ministra, que falou a seguir a uma reunião com a Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Carnaxide, Lisboa, apontou a necessidade de fazer mudanças estruturais.

“Além do ordenamento da floresta”, as mudanças “poderão passar pela profissionalização dos bombeiros e por habilitar as comunidades mais diretamente ameaçadas pelos fogos florestais para a defesa preventiva dos fogos”, afirmou.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE