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Economia

Metrobus em negócio de milhões com empresa à beira da reprivatização

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A Efacec afirma que volta a ser referência na área da mobilidade elétrica sustentável, com um novo projeto para as Infraestruturas de Portugal, S.A. (IP) e a Metro Mondego, S.A. (MM), “que irá contribuir para a descarbonização e para a sustentabilidade da mobilidade local da região centro”.

 O contrato prevê uma parceria a sete anos, entre desenvolvimento tecnológico, construção e consequente manutenção, abrange a conceção e construção, durante 22 meses, de todos os sistemas de telemática, que incluem, entre outros, os sistemas de SAE (Sistema de Apoio à Exploração), rede de dados de suporte à exploração, informação ao passageiro, sincronismo horário, videovigilância, semaforização, sinalização rodoviária e os sistemas de telemática embarcados para 40 veículos. Cinco anos serão dedicados à consequente manutenção do Sistema de Mobilidade do Mondego, adianta a empresa nortenha controlada pelo Estado-

“É um orgulho para a Efacec poder contribuir, mais uma vez, para o desenvolvimento da mobilidade sustentável em Portugal e poder melhorar significativamente e através dos nossos projetos, a qualidade de vida de milhões de portugueses. Colocamos o nosso conhecimento e experiência no desenvolvimento tecnológico em áreas estruturantes para a sociedade ao serviço das pessoas, como é o caso da Mobilidade, mas também da Energia e do Ambiente, e isto faz de nós uma empresa verdadeiramente única a nível nacional e internacional”, refere Ângelo Ramalho, Chairman e CEO da Efacec.

Os sistemas de telemática desenvolvidos pela Efacec resultam da junção de tecnologias de telecomunicação com software próprio, permitindo uma gestão integrada, eficiente e segura da nova rede de Metrobus. Esta tecnologia garante ao operador um controlo completo dos sistemas e da segurança para os utilizadores, afiança a empresa que já foi uma das joias da coroa da “princesa” Isabel dos Santos.

Segundo a Eface, o projeto reforça o portfólio desenvolvido para a Infraestruturas de Portugal, que se estende ao longo de mais de 50 anos e que traduz a confiança depositada na tecnologia Efacec e na capacidade de execução das suas equipas.

O fornecimento de soluções tecnológicas para projetos metro-ferroviários é uma das principais áreas de atividade da empresa portuguesa, que tem sido desenvolvida em conjunto com importantes players internacionais e em diversos mercados, com especial foco na Europa do Norte, salienta a Efacec.

Atualmente, a Efacec está a participar na construção da Fase 4 do Metro de Bergen (Noruega), da Linha Sydavnen do Metro de Copenhaga (Dinamarca), na renovação do Centro de Comando do Metro de Dublin (Irlanda) bem como na extensão da Linha Amarela e nova Linha Circular do Metro do Porto (Portugal).  

Recordamos que o Conselho de Ministros de Portugal, através do Decreto Lei 33-A/2020, de 02 de Julho, nacionalizou 71,7% do capital social da Efacec Power Solutions, SGPS, S.A., a empresa holding do Grupo Efacec. “

A nacionalização tem um carácter provisório tendo o próprio Decreto-Lei e nacionalização determinado a imediata reprivatização da empresa no mais curto prazo possível, estando o processo em curso, pode ler-se no site da empresa.

 

Recorde-se que a situação económica e financeira da Efacec, que pertencia maioritariamente à empresária angolana Isabel dos Santos, tem vindo a piorar. 

Falhada a venda da Efacec à DST, em outubro de 2022, o Governo aprovou um novo caderno de encargos para a reprivatização, processo que tem estado a decorrer sob a alçada da Parpública, relembra o Dinheiro Vivo. 

O ECO revelou que os apoios concedidos à Efacec penalizaram o défice em 0,07% do PIB de 2022, Quer isto dizer que as ajudas à empresa totalizaram os 159 milhões de euros, confirmou ao ECO fonte oficial das Finanças. E que o Estado assume que vai perder este montante. Mas não só: desde o início do ano, o Estado está a injetar pelo menos 10 milhões de euros. Neste momento, a exposição do Estado à Efacec será da ordem dos 250 milhões de euros, referia o Expresso.

Segundo o Público, a venda da Efacec mantém quatro interessados após desistência da Mota-Engil. Esses candidatos são a Mutares Ibérica, a Oaktree e o Oxy Capital (liderada por um dos donos do Diário de Coimbra), bem como o agrupamento da Visabeira-Sodecia. 

O Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) é um sistema de transporte público de passageiros, do tipo Metrobus, realizado em modo rodoviário, totalmente elétrico e em canal próprio, que irá circular em meio urbano e suburbano, reduzindo os níveis de ruído e melhorando a qualidade do ar de toda a envolvente. Será implementado nos concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã numa extensão de 42km, distribuídos por duas linhas com 41 estações, assegurando até 13 milhões de viagens ao ano.

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