Coimbra

Metrobus com duas “inaugurações” em Coimbra e Serpins

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 10-09-2020

A obra de adaptação do Ramal da Lousã à circulação de autocarros elétricos é consignada na sexta-feira na presença do ministro das Infraestruturas, que depois preside a idêntica cerimónia para abertura do canal do “metro bus” em Coimbra.

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O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, intervém primeiro junto à antiga estação ferroviária de Serpins, às 11:00, no ato de consignação da empreitada de construção do troço entre o Alto de São João, em Coimbra, e aquela freguesia do concelho da Lousã, no âmbito do futuro Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).

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Consignada pelo montante de 23,7 milhões de euros, esta obra tem um prazo de execução de 18 meses.

Às 12:30, é consignada a empreitada de abertura do canal na Baixa de Coimbra que permitirá a execução da Linha do Hospital, o novo troço urbano onde circulará o chamado “metrobus”, um autocarro com bateria elétrica recarregável.

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Esta segunda cerimónia, presidida pelo ministro da tutela, vai decorrer na praça 8 de Maio, junto aos Paços do Concelho de Coimbra.

“A abertura desta via estruturante, que ligará a frente de rio [Mondego] à rua da Sofia, com um investimento superior a 3,5 milhões de euros, integra a reconstrução de vários imóveis e a construção do edifício-ponte da autoria do arquiteto Gonçalo Byrne, que irá permitir a passagem do metrobus”, refere a Metro Mondego em comunicado.

Após a conclusão dos trabalhos, cuja execução tem um prazo de 23 meses, “ficarão disponíveis dois edifícios, com uma área de construção de cerca de 2.600 metros quadrados, destinados a comércio, restauração, serviços e habitação”, segundo a nota.

A Linha do Hospital ligará a linha centenária da Lousã e Baixa da cidade, agora com viaturas do tipo “metrobus”, à zona de Celas, onde se situam os principais hospitais públicos da região Centro, além das faculdades de Medicina e Farmácia e vários institutos de investigação ligados à Universidade de Coimbra.

O Ramal da Lousã foi encerrado e desmantelado nas primeiras semanas de 2010, para acolher um sistema de metro ligeiro sobre carris.

Essa obra, que não foi candidatada aos apoios europeus, gerou contestação popular durante mais de 15 anos, através de diferentes movimentos que convergiam na defesa da eletrificação e modernização da ferrovia.

Os trabalhos para o metro avançaram ainda em dezembro de 2009, logo após a realização das eleições autárquicas, por decisão do último Governo de José Sócrates.

As empreitadas foram depois interrompidas por alegadas dificuldades financeiras.

O início do processo para substituição do comboio convencional por um metro remonta pelo menos a 1994, quando o derradeiro Governo de Cavaco Silva aprovou um diploma com esse fim.

Em 1996, o primeiro Governo de António Guterres criou a Metro Mondego, sociedade de capitais exclusivamente públicos com a participação dos municípios envolvidos.

Segundo diferentes estimativas, pelo menos 150 milhões de euros foram gastos em obras no Ramal da Lousã, incluindo as interfaces de Ceira, Miranda do Corvo, Lousã e Serpins, estando os utentes há quase 11 anos privados do comboio, que tem sido substituído por autocarros.

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