Coimbra

Metro Mondego concluído apenas em 2024 (com vídeos)

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 11-07-2021

A Metro Mondego promoveu no sábado uma visita guiada, aberta ao público em geral, à empreitada de abertura do canal por onde irá passar o Metrobus na Baixa de Coimbra, onde foi anunciado que a conclusão de todo o sistema de mobillidade está prevista para 2024. No último trimestre de 2023 estará operacional a ligação entre o Hospital Pediátrico e a Portagem.

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João Marrana, presidente da Metro Mondego, afirma que irão ser adquiridos 35 veículos elétricos. Cada Metrobus vai transportar cerca de 130 passageiros.

O sistema será constituído por duas linhas com 42 km de extensão e 41 estações, sendo que na área suburbana é apenas composta por uma linha de circulação. Grande parte dessa linha corresponde ao antigo ramal da Lousã.

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Quanto à frequência prevista de deslocações do Metrobus, será de 50 ligações por dia entre Coimbra e Lousã.  João Marrana estabeleceu a comparação com o antigo comboio, que fazia 17 ligações, e com a situação atual onde se registam 33 deslocações de autocarro. Trata-se portanto, de acordo com estas indicacões, de um aumento de oferta entre Coimbra e Lousã. O percurso entre a Lousã e Vale das Flores será percorrido em 43 minutos.

O presidente da Metro Mondego anunciou que está a ser preparada a criação de um tarifário integrado, numa parecia entre os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), Comboios de Portugal (CP) e com a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, para permitir que o mesmo título de transporte seja usado em qualquer um dos operadores, o que segundo João Marrana irá facilitar de forma expressiva o funcionamento do sistema de transporte público.

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Rui Querido, engenheiro da Metro Mondego, explica que a obra que vai permitir que o Metrobus passe pela Baixa de Coimbra, tem um investimento de mais de três milhões de euros, com um prazo de execução de 690 dias. Está prevista a conclusão desta obra até setembro/outubro de 2022.

Esta ligação direta entre Santa Cruz, na zona da Câmara Municipal de Coimbra, ao rio Mondego era uma “ambição quase centenária”, como foi referido na apresentação da empreitada de abertura do canal. Foram vários os projetos apresentados ao longo dos anos, com o primeiro projeto de ligação datado de 1936. Questionado sobre o porquê de só agora se realizar esta intervenção, Manuel Machado defende que “o Sistema de Mobilidade Mondego não estava aprovado pela Comissão Europeia, só há menos de dois anos é que o projeto foi validado”.

Esta obra  é constituída por dois edifícios. O edifício A, composto por habitações e comércio, com a padaria “a Palmeira” e o restaurante “a Democrática”. E o edifício B que diz respeito ao canal será de quatro pisos, com comércio e serviços.

Rui Querido acrescenta que a própria execução da obra ter condicionantes por se tratar de uma zona classificada como património pela UNESCO. “Desta forma não se realizou uma demolição, mas sim uma desconstrução dos edifícios” para minimizar os riscos.

Por se tratar de uma área histórica, no decorrer dos trabalhos da obra entre a Rua Direita e a Rua da Sofia foram encontrados diversos materiais arqueológicos que foram devidamente identificados, classificados e estudados e cuja informação foi transmitida à Direção Regional de Cultura do Centro, afirma João Marrana.

Manuel Machado, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, acrescenta que no projeto está prevista a redução do tráfego automóvel na Rua da Sofia, mas “é necessário o funcionamento do corredor do Metro Mondego para compreender que efeito ele vai gerar”.

Veja aqui o direto NDC da visita guiada

Veja aqui o direto NDC com João Marrana

Veja aqui o direto NDC com Manuel Machado

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