A operação preliminar do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), que funciona num troço de cinco quilómetros em Coimbra, tem registado em média 7.070 passageiros transportados por dia, afirmou hoje a Metro Mondego.
Numa publicação nas redes sociais, a Metro Mondego, entidade que gere o SMM, afirmou que os dados foram obtidos através da contagem de passageiros com recurso a uma empresa externa especializada, em dois dias distintos, na semana passada.
“É uma surpresa. A minha expectativa era que fosse menos”, disse à agência Lusa o presidente da Metro Mondego, João Marrana.
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Para o responsável, o troço de cinco quilómetros que abriu de forma gratuita entre a Portagem e o Vale das Flores tem sido usado “pela população para as suas deslocações diárias regulares ou irregulares”, considerando o número “animador”.
Apesar de acreditar que algumas das pessoas que usam o chamado ‘metrobus’ (autocarros elétricos em via dedicada) sejam “atraídas por ser gratuito”, João Marrana acredita que essa “não será uma percentagem muito relevante”.
“Além disso, algumas das pessoas não serão afetadas [pelo fim da gratuitidade com o início da operação comercial], porque vemos muitos jovens que têm títulos de transporte gratuitos”, aclarou.
O presidente da Metro Mondego afirmou ainda que os comentários que têm recebido das pessoas que utilizam aquele troço “têm sido esmagadoramente positivos”, com a empresa a conseguir “ter uma oferta estável e a cumprir com rigor a frequência e horários” propostos para esta fase.
A operação preliminar, que começou no início deste mês, realiza-se num troço urbano de cerca de cinco quilómetros e com os autocarros elétricos articulados a circularem de 15 em 15 minutos.
A ligação entre a Portagem e Serpins, servindo Lousã e Miranda do Corvo, deve arrancar ainda este ano, esperando-se que em 2026 sejam abertas as ligações a Coimbra-B e aos Hospitais da Unidade de Coimbra, numa operação que, em hora de ponta e em ambiente urbano, promete uma frequência de cinco em cinco minutos.
Os 7.070 passageiros por dia registados no troço de cinco quilómetros e com frequência de 15 minutos representariam cerca de 2,5 milhões de passageiros por ano, cerca de 20% da estimativa que a Metro Mondego tinha de passageiros para toda a operação anual (13 milhões).
O arranque da operação preliminar gratuita foi alvo de várias críticas, em que o Governo e Câmara de Coimbra foram acusados de eleitoralismo, por abrirem aquele troço próximo da data das eleições autárquicas, que decorrem no domingo.
O troço entre o Alto de São João e Serpins não está ainda a funcionar, por aguardar a certificação do sistema de segurança.
Segundo a Metro Mondego, este troço suburbano, por ser em via única, tem outras exigências de segurança e de certificação.
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