A CDU local deu o alerta através da sua página da rede social Facebook. Socialistas pediram informações e presidente da assembleia lamenta “o sucedido”.
No comunicado, é dito que os deputados municipais da CDU “receberam às 9:29 o convite para estarem presentes na cerimónia às 9:30 em Ceira”.
“Independentemente das posições que sempre assumimos, não podemos deixar de manifestar o nosso repúdio pela falta de respeito institucional que o Executivo PSD teve em relação aos eleitos municipais da CDU”, referem.
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Do lado do Partido Socialista, os deputados municipais manifestaram “a sua incredulidade com o inusitado da situação e solicitaram esclarecimentos à Presidente da Assembleia Municipal”.
Em resposta ao Notícias de Coimbra, referem que “quando viram os deputados municipais do PSD presentes na cerimónia” ficaram estupefactos “o que comprova que tiveram conhecimento prévio do convite”.
“É uma situação particularmente grave porque se trata do projeto mais estruturante para o concelho em décadas, pelo qual toda a população e os autarcas lutaram ao longo dos últimos anos, que sempre uniu todas as forças políticas em torno deste objetivo comum”, disseram.
Do lado da Assembleia Municipal, a presidente Adília Farinha já respondeu ao líder da bancada socialista, começando por esclarecer que estava de férias nesse dia e que não efetuou “qualquer convite para a cerimónia em causa, nem existiu qualquer intervenção da Presidência da Assembleia Municipal na definição do modelo, do calendário ou do universo de convidados”.
Depois, refere que o mail enviado pela Metro Mondego apenas chegou à sua caixa de correio na segunda-feira às 11:30 mas que apenas tomou “conhecimento da sua existência após contacto telefónico daquela entidade, efetuado pelas 14:29”.
“Logo que tive conhecimento da comunicação, procedi de imediato ao seu reencaminhamento, às 14:52, para a trabalhadora que assegura apoio à Assembleia Municipal, com indicação para ser dado conhecimento aos senhores deputados municipais. Acresce que essa trabalhadora não exerce funções em regime de exclusividade na Assembleia Municipal, facto que limita objetivamente qualquer atuação imediata”, explicou.
Depois, “e num esforço adicional de divulgação”, confirma que enviou “informalmente o conteúdo do e-mail por WhatsApp aos Deputados Municipais da coligação, procurando assegurar que a informação chegasse, no menor tempo possível, a um número significativo de eleitos”.
“Cumpre ainda sublinhar que foi a própria Metro Mondego que apenas na tarde desse dia decidiu alargar a possibilidade de participação aos Deputados Municipais e aos Presidentes de Junta, transferindo para a esfera institucional local a responsabilidade de articulação num prazo manifestamente insuficiente, o que condicionou, de forma objetiva, qualquer procedimento regular de comunicação e confirmação de presenças”, afirmou.
Adília Farinha lamenta “o sucedido, que não dignifica a importância do momento nem o papel dos órgãos autárquicos locais”, mas fez questão de frisar que não aceita o facto de lhe ter sido “imputada (…) qualquer responsabilidade pela situação verificada, nem que se coloque em causa o princípio da equidade no tratamento dos seus membros”.
Como tal, deixou a sugestão de promoção “com caráter construtivo, a criação de um grupo de WhatsApp com os líderes das bancadas, enquanto instrumento complementar de articulação”.
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