A Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular (ACPEEP) diz que a maioria dos pais receia deixar as crianças nas creches, mas garante que as instituições estão preparadas para as receber.
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As creches e jardins-de-infância estão de portas encerradas desde 16 de março, por causa da disseminação do novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, e agora o Governo prepara-se para autorizar a sua reabertura.
No entanto, a presidente da ACPEEP, Susana Batista, diz que “50% dos pais têm receios de voltar a deixar as crianças nas escolas e dizem que mesmo que reabram em maio preferem ficar com elas em casa”.
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A hipótese de as creches poderem reabrir em maio parece ter sido adiada, segundo uma notícia do jornal Público que apontava para dia 1 de junho.
Susana Batista defende que devem reabrir as creches, mas também os jardins-de-infância e garante que as instituições estão preparadas para receber os bebés e crianças.
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O facto de uma elevada percentagem de crianças poder não regressar já às creches e jardins-de-infância, por receio dos pais, poderá também ser um fator favorável nesta fase, admitiu Susana Batista.
A presidente da associação lembra que dividir as crianças por várias salas não é exequível, uma vez que estes estabelecimentos de ensino estão no limite máximo da sua lotação.
No entanto existem outras medidas que já estão pensadas para tentar controlar a disseminação da covid-19.
Apesar de continuarem a aguardar por orientações da Direção-Geral da Saúde, as instituições têm um plano de contingência com 28 orientações para que possam voltar a receber crianças.
O plano foi inspirado em práticas de creches e jardins-de-infância de outros países, como a Suécia ou a Dinamarca, mas também em medidas que estavam a ser implementadas em hospitais, contou à Lusa Susana Batista.
Higienização constante de todas as zonas, medição da temperatura das crianças e funcionários e a opção pelos jardins em detrimento dos espaços fechados são algumas das orientações.
A decisão de reabertura das creches e jardins-de-infância só será conhecida na quinta-feira, em Conselho de Ministros.
O encerramento de todos os estabelecimentos de ensino foi uma das medidas avançadas pelo Governo para tentar conter a disseminação do novo coronavírus que em Portugal já provocou 948 mortos e mais de 24 mil casos confirmados de infeção.
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