Coimbra
Mercado de Natal: Câmara “respeita, mas lamenta, a inopinada decisão” de cancelar evento
O Município de Coimbra “respeita, mas lamenta, a inopinada decisão” tomada pela União das Freguesias de Coimbra (UFC) de cancelar o Mercado de Natal. Em resposta às questões suscitadas pelo Notícias de Coimbra, a autarquia estranha “até a utilização da palavra ‘competição’ em vez de ‘complementaridade’”.
No entender da câmara, o “Coimbra Magic Land destina-se essencialmente a crianças, enquanto o Mercado de Natal tem como clientes preferenciais os adultos que procuram prendinhas diferentes e tendencialmente artesanais”.
Aliás, reconhecem que “o Mercado de Natal, sempre excelentemente promovido e organizado pela UFC, caracteriza-se por ser um evento de referência, com presença habitual e assídua no âmbito da Programação Geral de Natal e que muito contribuía para a dinâmica e beleza da Praça e da Baixa envolvente”.
Na resposta ao Notícias de Coimbra, é dito que não houve “a intenção deliberada de competir, prejudicar ou retirar visibilidade e importância estratégica ao Mercado de Natal da União de Freguesias de Coimbra”. “A ideia sempre foi conjugar e aliar os interesses de todos os envolvidos”, frisam.
Recorde-se que a UFC anunciou esta quinta-feira de manhã o cancelamento do Mercado de Natal. Num comunicado de imprensa, a junta liderada por João Francisco Campos afirmou que em 2023 se deparou com uma decisão, por parte da autarquia, de “promover diversas atividades natalícias em simultâneo”, as quais “competem entre si”.
Nesta nota, é ainda dito que foram “convidados vários participantes do Mercado de Natal de 2022” para participar no Mercadinho de Natal do Coimbra Magic Land. Neste ponto, o município respondeu que “todos os eventuais contactos que possam ter existido nesse sentido foram promovidos exclusivamente por iniciativa da promotora do evento e realizados totalmente à margem do município, tratando-se de contactos absolutamente normais por parte dos organizadores do evento”.
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“Não temos dúvidas que há expositores suficientes para participarem em várias iniciativas em simultâneo e a UFC não alegou que havia falta de expositores para o respetivo evento”, frisam.
Sobre as “sobreposições e a criação de uma multiplicidade de eventos que não acrescentam valor a uma cidade que aspira a uma visão mais abrangente e à minimização de divisões locais”, que a UFC refere no seu comunicado, o município disse que “não pretende alimentar divisões locais nem tão pouco prejudicar os interesses dos habitantes e dos comerciantes da Baixa, bem pelo contrário”.
Apesar desta decisão, a câmara garante que vai manter a “postura de diálogo e estamos certos de que chegaremos a um entendimento sobre o que realmente aconteceu, para que esta situação se possa resolver da melhor forma possível no próximo ano”.
O Mercado de Natal estava agendado para o período entre 1 e 23 de dezembro na Praça do Comércio.
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