Crimes

Menina obrigada pela mãe e padrasto a ajudar a enterrar idoso assassinado

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 hora atrás em 17-12-2025

Uma menina de apenas 13 anos foi envolvida pela mãe e pelo padrasto na ocultação do cadáver de um idoso de 85 anos, assassinado em dezembro do ano passado, em Esposende. O casal está acusado pelo Ministério Público de Guimarães de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

A vítima foi acolhida na residência de uma mulher, em Apúlia, no início de novembro de 2024, no âmbito de um programa de acolhimento gerido por uma associação após encaminhamento da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. O idoso sofria de diabetes e tinha graves problemas de mobilidade.

Menos de um mês após o acolhimento, a mulher comunicou à Segurança Social que o estado de saúde do idoso se estava a agravar. Segundo a acusação, foi nesse período que ela e o marido se apoderaram dos cartões bancários da vítima, realizando oito levantamentos e pagamentos no valor total de 1.120 euros. Alguns desses movimentos foram efetuados já depois da morte do idoso.

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Segundo o Correio da Manhã, o Ministério Público sustenta que, para evitar que a vítima descobrisse os levantamentos bancários, o casal decidiu matá-lo, tendo pesquisado previamente na internet informações relacionadas com overdoses e crises de hipoglicemia, com o objetivo de simular uma morte de causa natural.

O homicídio terá ocorrido no dia 10 de dezembro de 2024, entre as 17:00 e as 19:00, no interior da residência. Pouco depois, o casal comprou uma caixa de plástico onde colocou o corpo, que ficou guardado no quarto do idoso.

No dia seguinte, os arguidos voltaram a pesquisar na internet métodos de decomposição e ocultação de cadáveres. Por ordem do padrasto, a menina comprou numa drogaria uma pá, soda cáustica e lixívia. Durante a noite, o casal e a menor transportaram o corpo na bagageira do carro até ao pinhal de Ofir, onde o esconderam temporariamente.

No dia seguinte, regressaram ao local e, com a ajuda da criança, escavaram uma cova onde enterraram o cadáver, lançando soda cáustica sobre o corpo e ocultando também documentos e objetos pessoais da vítima. O material utilizado foi posteriormente descartado em vários contentores de lixo. Dias depois, o casal ordenou ainda à menor que os acompanhasse para se desfazerem do andarilho do idoso, que foi atirado ao rio Cávado.

A mulher, de 50 anos, fugiu para o Brasil em janeiro deste ano, tendo sido emitido um mandado internacional de detenção. O marido, cidadão argelino de 39 anos, foi detido pela Polícia Judiciária de Braga e encontra-se em prisão preventiva. O julgamento tem início marcado para fevereiro.

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