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Melissa deixa 32 mortos e um rasto de destruição nas Caraíbas

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 horas atrás em 30-10-2025

 O furacão Melissa fez, pelo menos, 32 mortos nas Caraíbas, com 23 vítimas no Haiti, quatro na Jamaica, quatro no Panamá e uma na República Dominicana, deixando um rasto de destruição que também atingiu Cuba.

Apesar de não ter sido atingido diretamente, o Haiti é até agora o país com o maior número de mortes causadas por Melissa, incluindo 20 devido ao transbordo de um rio.

No oeste do Haiti, a cheia do rio La Digue provocou inundações em Petit-Goâve, a sul da capital, Porto Príncipe, resultando na morte de, pelo menos, 20 pessoas, incluindo 10 crianças.

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Outras 17 pessoas ficaram feridas e 13 continuam desaparecidas. As buscas e os trabalhos de resgate prosseguem, enquanto chuvas torrenciais continuam a cair em várias regiões do Haiti.

Pelo menos, uma dezena de rios transbordou, afetando estradas e outras infraestruturas, como casas, escolas e igrejas, e obrigando 13.860 pessoas a abandonar as casas, de acordo com os mais recentes dados oficiais.

Além disso, na semana passada, quando ainda era uma tempestade tropical, o furacão Melissa provocou três mortos no Haiti, um país muito vulnerável a catástrofes naturais.

Na Jamaica, muitas famílias estão isoladas devido à falta de serviço telefónico e às inundações generalizadas, um dia depois do Melissa ter provocado quatro mortos, deixando mais de 500 mil pessoas sem eletricidade e milhares desalojadas.

O furacão atingiu a costa da Jamaica, perto de Black River, em Saint Elizabeth, no sudoeste do país, na terça-feira, como um dos furacões mais fortes de sempre no Atlântico, antes de enfraquecer e seguir para Cuba.

O primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness, declarou o país como “zona de desastre” na terça-feira e afirmou numa mensagem que, depois de sobrevoar a zona de Saint Elizabeth, “as imagens de destruição estão por todo o lado”.

Embora não tenha afetado diretamente a República Dominicana, o Melissa fez também um morto e deixou mais de um milhão de pessoas sem água potável devido aos efeitos das chuvas em dezenas de aquedutos.

No Panamá, o mau tempo trazido pela cauda do furacão fez, pelo menos, quatro mortos, três deles menores de idade, e mais de 1.100 pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas em várias províncias.

O furacão tocou terra no extremo oriental de Cuba e provocou ventos sustentados de 193 quilómetros por hora, intensidade que tem vindo a enfraquecer.

O Melissa deixou milhões de pessoas sem eletricidade e isoladas, municípios inundados e isolados, casas desabadas, plantações encharcadas e danos materiais extensos na zona leste de Cuba.

A Proteção Civil sublinhou que as equipas de resgate ainda não chegaram a muitas áreas rurais e montanhosas gravemente afetadas, principalmente devido às fortes chuvas que provocaram o transbordo de vários rios e barragens, resultando em cheias repentinas e deslizamentos de terra.

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