Nós não estamos preocupados com o emprego médico. Todos os médicos portugueses podiam neste momento emigrar para a Europa, se quisessem, e eram absorvidos pelos países da Europa. Vivemos num mundo global, e portanto, nós sabemos, pela qualidade da formação médica em Portugal, que os nossos médicos não terão quaisquer problemas de empregabilidade. A nossa preocupação não é com o emprego. É com a qualidade da formação. É com o investimento que o pais está a fazer. Formar médicos deliberadamente para exportação é um péssimo investimento.
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Estas são palavra de José Manuel Silva na Sessão de Abertura do 19º Congresso Nacional de Medicina / 10º Congresso Nacional do Médico Interno, subordinado ao tema “Formação Médica”.
O Bastonário da Ordem dos médicos aproveitou a cerimónia e a presença do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde para lembrar ao Governo que a pagar o que paga não vai conseguir fixar médicos no interior e que deve ter cautela com o licenciamento das unidades de saúde.
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Ouça a toda a intervenção de José Manuel Silva
O Ministério da Saúde tem de fazer uma inversão em relação ao que tem feito nos últimos anos, salientou Carlos Cortes, que acusa o Governo de ter passado a responsabilidade da formação médica para a industria farmacêutica.
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Ouça toda a intervenção de Carlos Cortes
Este ano serão seguramente contratados 300 médicos, prometeu o Secrétário de Estado da Saúde. O Governante garantiu que é o ano em que vão entrar mais médicos de família para o SNS
Ouça a toda a intervenção de Fernando Araújo
O objetivo destes congressos é promover a reflexão sobre uma área fulcral com grande impacto no sistema de saúde em Portugal. Esta reunião, que decorre até dia 5 de novembro, no auditório da Sub Unidade 3 da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, congrega reputados especialistas nacionais e estrangeiros e promete ser um marco na discussão da Formação Médica.
A sessão de abertura contou com as presenças de Fernando Araújo, Secretário de Estado Adjunto e da Saúde (em representação do Ministro da Sáude); vice-Reitor da Universidade de Coimbra, Luís Filipe Menezes; Bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva; presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes; presidente da Secção Regional do Sul da Ordem dos Médicos.
“Emigração e outras alternativas profissionais”, “Complexidade do papel do médico: como capacitar e avaliar?”, “Autonomia e Capacitação no Mestrado Integrado de Medicina e importância do Ano Comum”, “Educação Médica Contínua: só ao alcance dos que têm tempo livre e bons recursos?”, “Satisfação com o Internato Médico (apresentação e discussão dos resultados do inquérito nacional)”, “Investigação e formação médica em Portugal: centros académicos”, “Planeamento de recursos humanos em Medicina e qualidade de formação” são os principais temas em debate.
Pela primeira vez, haverá um dia aberto à população, na segunda-feira, dia 7 de novembro. Sob o lema “Formação e Saúde para todos”, este dia será preenchido com inúmeras atividades no Pavilhão Augusto Correia (Pavilhão dos Olivais): sessões de show cooking (sobre alimentação saudável ou cozinha para crianças); palestras para pais, filhos e avós; workshop sobre risoterapia, brincadeiras no ‘Hospital do Ursinho’; aula de zumba e avaliação de saúde; demonstração de sistemas de retenção automóvel e dicas de amamentação.
Em paralelo, neste mesmo dia, na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra decorrerá uma sessão para as escolas, mais concretamente para turmas do 12º ano de escolaridade, que incidirá sobre a temática da prevenção de dependências.
Do programa cultural do 19º Congresso Nacional de Medicina / 10º Congresso Nacional do Médico Interno faz parte a exposição coletiva ‘o que ARTE cura’, produzida pela We Art para a Secção Regional do Cento da Ordem dos Médicos. A mostra ficará patente até 20 de dezembro no Clube Médico (Av. Afonso Henrique, 39), em Coimbra.
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