Saúde

Médicos distinguem estudo sobre tratamento de tumor cerebral maligno

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 29-04-2022

A Secção Regional Norte da Ordem dos Médicos vai distinguir hoje, na 5.ª edição do Prémio Banco Carregosa/SRNOM, uma investigação que revelou avanços no tratamento do glioblastoma, o tipo mais comum e agressivo de tumor maligno cerebral.

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Em comunicado, a Secção Regional Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM) revela hoje que na 5.ª edição do Prémio Banco Carregosa/SRNOM vai ser distinguido o trabalho do investigador Bruno Miguel Fernandes de Carvalho no projeto “Caracterização de fatores angiogénicos no glioblastoma: potencial aplicação como biomarcadores na terapêutica com bevacizumab [fármaco] “.

Citado no documento, o investigador esclarece que os avanços no tratamento do glioblastoma [o tipo mais comum e agressivo de tumor maligno cerebral] são “imprescindíveis” para melhorar o “mau prognóstico” dos doentes.

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A investigação, conduzida com esse propósito, tentou identificar potenciais biomarcadores clínicos e tumorais de resistência e resposta do tumor no decorrer do tratamento anti-angiogénico.

“Os resultados revelaram características clínicas associadas a um maior controlo da doença, mas também marcadores tumorais associados a pior resposta à terapêutica e a resistência precoce”, refere Bruno Miguel Fernandes de Carvalho.

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A seleção de doentes e terapêuticas personalizadas tendo por base biomarcadores são “fundamentais” para evitar tratamentos ineficazes e otimizar os resultados terapêuticos.

“É fundamental a realização de estudos adicionais com validação prospetiva e multicêntrica para a incorporação na prática clínica e na estratificação de doentes em ensaios clínicos”, acrescenta o investigador.

A par do trabalho desenvolvido por Bruno Miguel Fernandes de Carvalho, vão ser atribuídas na 5.ª edição do Prémio Banco Carregosa/SRNOM menções honras aos investigadores Joana de Brito Barroso Monteiro, com o projeto “Mecanismos Cerebrais de Dor na Osteoartrose”, e Pedro Filipe Pereira Gouveia, com o projeto “Breast 4.0”.

Ao vencedor do Prémio Banco Carregosa/SRNOM, que visa estimular e premiar trabalhos e projetos na área da investigação clínica, será atribuído um prémio no valor de 20 mil euros e às duas menções honrosas um prémio de cinco mil euros.

Com início marcado para as 21:30 no Salão Nobre da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, no Porto, o evento vai contar com a presença do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e de Pedro Abrunhosa, como orador convidado.

Nesta 5.ª edição, o presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho, Nuno Sousa, preside o júri, que integra também a presidente do Banco Carregosa, Maria Cândida Rocha e Silva, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e outras personalidades como António Sarmento, Jorge Correia Pinto, João Cerqueira e Alexandre Figueiredo.

Também citado no comunicado, o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, António Araújo, salienta que o prémio “mantém o objetivo de incentivar e apoiar os médicos na investigação clínica, podendo mesmo constituir-se como uma saída profissional para os novos médicos”.

Já a presidente do Banco Carregosa, Maria Cândida Rocha e Silva, destaca que a “gratidão da sociedade aos investigadores clínicos e médicos, que dedicam as suas vidas a descobrir formas de tratar ou prevenir doenças, cuidando assim do bem-estar de todos, vai muito para além deste prémio”.

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