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Mau tempo estraga Réveillon na Praia de Mira. Festa cancelada (com vídeos)

Zilda Monteiro | 1 ano atrás em 01-01-2023

O Réveillon RFM Praia de Mira foi cancelado devido ao mau tempo. Apesar das previsões, a organização aguardava com expectativa que a festa pudesse realizar-se mas acabou mesmo por ter que a cancelar.

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Muita chuva, trovoada e vento levou a esta “decisão difícil”, como explicou ao Notícias de Coimbra o presidente da Câmara Municipal de Mira, Raul Almeida. Adiantou que foram realizadas reuniões com o executivo, Bombeiros, Proteção Civil e Guarda Nacional Republicana durante a tarde e à noite, de forma a irem acompanhando a evolução das previsões mas, perante o mau tempo que se fez sentir esta noite, cerca das 23h30, concluíram que não havia condições para fazer a festa.

Raul Almeida anunciou já que o concerto dos D.A.M.A, cabeça de cartaz deste programa, passa para as festas de São Tomé, assim como o espetáculo piromusical. “Era uma notícia que não queríamos dar. Trabalhámos muito para esta festa e para avançar com o evento mas não conseguimos”, lamentou, agradecendo a todas as entidades envolvidas na logística desta festa, que tinha tudo preparado para ser uma grande noite de celebração.

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Se o tempo ajudasse, esperavam-se milhares de pessoas na Praia de Mira. Os hotéis estão praticamente esgotados e os restaurantes completamente lotados neste fim de semana.

Era ao som dos D.A.M.A que se daria as boas vindas a 2023, depois do espetáculo piromusical sob o espelho de água da Barrinha e da animada atuação do grupo Funil & Abelhinha.

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Nada disto aconteceu para tristeza das pessoas que aguardavam pela festa. Não eram os milhares esperados mas sim muitas dezenas, a maioria em grupos familiares ou de amigos que se iam recolhendo da chuva nos toldos das lojas ou nas esplanadas. O palco da Barrinha, onde decorrem habitualmente as atuações no verão, estava cheio.

Havia também quem não tivesse medo do mau tempo. Os guarda chuva pouco protegiam mas, não fosse esta uma zona de praia, houve alguns que se lembraram que os chapéus de sol não servem apenas para proteger do calor. Os mais destemidos, não tiveram receio de apanhar o primeiro banho do ano em plena rua.

Foi desta forma que deram as boas vindas a 2023. Uma entrada molhada, onde não faltaram alguns foguetes e fogo de artifício. A música não chegou ao palco mas havia quem entoasse os seus próprios cânticos, alguns deles inspirados mesmo nos cabeça de cartaz. O refrão “Não dá, não dá”, de uma das célebres músicas dos D.A.M.A, era um dos que um grupo de amigos cantava no recinto, reagindo assim ao facto de São Pedro não ter ajudado à festa.

Apesar do mau tempo da noite, o dia foi agradável na Praia de Mira. O ambiente festivo começou cedo, com largas dezenas de pessoas a aproveitarem o bom tempo que se fez sentir à tarde para passear e assistir aos ensaios dos grupos, que começaram assim a aquecer o ambiente muitas horas antes da festa. Como a tarde esteve agradável, houve mesmo quem desse um pulinho à praia, para desfrutar da proximidade do mar e de um sempre aprazível passeio na areia.

Os grandes espetáculos estavam reservados para a noite, que abriria ao som do grupo Funil & Abelhinha e que, depois do espetáculo piromusical, seguiria com os D.A.M.A., num concerto onde iriam fazer uma “viagem” pelos seus 10 anos de carreira e onde prometiam muitas surpresas, uma delas a estreia ao vivo, num concerto, do seu novo single, “O Casa”.

Durante a tarde, os músicos estavam muito divertidos, interagindo com o público durante e depois do ensaio. Ao Notícias de Coimbra explicaram que o mau tempo não seria impedimento para um grande espetáculo, até porque já deram “grandes concertos à chuva”.

“O que interessa é o momento. Molhadas ou não molhadas, as pessoas estão aqui é para fazer a festa e para partilharmos a entrada no novo ano”, explicou ao Notícias de Coimbra o músico Kasha. Todavia, mesmo sendo uma decisão que todos queriam que não tivesse que ser tomada, a festa teve mesmo que ser cancelada.

Mas, com bom ou mau tempo, a entrada num novo ano é sempre um momento em que se fazem balanços e se idealizam projetos. Os pedidos são muitos e variados mas, de forma geral, todos querem essencialmente que o ano de 2023 venha com muita paz, saúde e amor, no fundo os desejos que consideram ser fundamentais para que todos os restantes obstáculos que possam surgir ao longo dos próximos 12 meses sejam mais facilmente ultrapassados.

Mas há também desejos mais particulares, sobretudo depois dos anos difíceis da pandemia, que “empurrou” as pessoas para casa por meses e meses que pareciam não ter fim. Os jovens querem, também por isso, mais concertos e espetáculos. Mas não pedem apenas diversão. Querem ainda “sucesso académico” e trabalho. Os adultos estão também com muita vontade de passear. Para além dos três desejos comuns – paz, amor e saúde –, pedem ainda trabalho e dinheiro para poderem viajar.

Raul Almeida esperava que a festa da passagem fosse um momento de grande celebração na Praia de Mira, com o seu regresso à rua dois anos depois.

Ao Notícias de Coimbra, traçou um “balanço muito positivo” do ano que agora chega ao fim, a todos os níveis. Destacou que “há muitas obras em curso no concelho”, a maioria financiada por fundos comunitários, e que outras estão a ser delineadas para o próximo ano. Apesar de ter sido “um ano de grandes constrangimentos em toda a sociedade”, provocados pela pandemia e depois pela guerra e pela inflação, assegura que o município conseguiu responder aos desafios e espera que durante 2023 novos projetos possam ser concretizados.

Dos vários previstos para este novo ano, destacou como “prioritários” a ampliação da zona industrial, tanto no Polo I como no Montalvo, assim como a requalificação da Escola Secundária e do Centro de Saúde. Este último está candidatado ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e Raul Almeida espera que seja aprovado em breve.

“São obras estruturantes para o concelho e que esperamos iniciar no ano de 2023”, sublinhou.

Em termos turísticos, 2022 foi um ano muito positivo. De acordo com os operadores, os números superaram mesmo os de 2019. Raul Almeida recordou que o turismo não se restringiu à época balnear, com grande movimento de turistas na Praia de Mira não só nos típicos meses de verão. “Este ano começaram a chegar mais cedo e ficaram até mais tarde, mantendo-se assim grande afluência tanto antes como depois da época balnear”, realçou.

O desejo da autarquia é “continuar a apostar no turismo”, não apenas no verão mas ao longo do ano, com eventos que atraiam muitos visitantes ao concelho, como sucedeu em outubro com a motonáutica. Raul Almeida espera também que em 2023 “se concretizem as obras que são determinantes para o futuro do concelho de Mira e para a qualidade de vida da população”.

Veja os vídeos dos diretos NDC:


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