João Baçalo, de 77 anos, morreu na passada sexta-feira enquanto aguardava julgamento no Estabelecimento Prisional de Bragança, onde se encontrava em prisão preventiva por alegadamente ter matado um vizinho e ferido gravemente outro, em Areias, Carrazeda de Ansiães, no verão de 2024.
A morte ocorreu durante a refeição na sala comum da cadeia. Fontes hospitalares revelaram ao Jornal de Notícias que tudo aponta para um engasgamento, embora só a autópsia possa confirmar a causa exata do óbito. O alerta foi dado de imediato, com uma equipa do INEM a ser mobilizada para o local, mas já nada foi possível fazer. O óbito foi declarado no próprio estabelecimento prisional.
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O corpo foi transportado para o Instituto de Medicina Legal de Bragança, onde está a ser realizada a autópsia. O funeral está marcado para quarta-feira, na localidade de Areias, onde residia.
João Baçalo encontrava-se detido desde agosto de 2024, após ser acusado pelo Ministério Público de Vila Flor de dois crimes de homicídio qualificado agravado — um consumado e outro tentado. Os factos remontam ao dia 4 de agosto de 2024, quando, na sequência de uma discussão entre o seu filho e dois irmãos vizinhos, o idoso disparou uma caçadeira transformada, atingindo mortalmente André Moreira, de 37 anos, e ferindo com gravidade o irmão Flávio, de 27.
De acordo com o despacho de acusação, os conflitos entre as famílias teriam origem numa disputa por propriedade. João Baçalo, ao aperceber-se da altercação, terá agido em defesa do filho, utilizando uma arma de fogo ilegal para efetuar os disparos.
O julgamento do caso ainda não tinha data marcada, apesar de o despacho de acusação estar concluído desde fevereiro. A morte do arguido encerra agora o processo judicial, mas as memórias do caso continuam bem vivas na pequena comunidade transmontana.
Morre de “engasgamento” na prisão enquanto aguradava
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