José Augusto, de 61 anos, disparou no domingo à noite, 16 de novembro, sobre o sócio Pedro Ganança e um dos filhos, no restaurante que exploravam em conjunto no Montijo.
Minutos após o crime, fugiu de carro rumo ao Norte e só parou em Muxagata, aldeia de Vila Nova de Foz Côa.
Na manhã de segunda-feira, dia 17, bateu à porta da casa de uma tia dizendo que queria visitar os primos. Sem imaginarem o que se tinha passado a mais de 300 quilómetros, os familiares receberam-no normalmente. A tranquilidade durou pouco: horas depois, dezenas de inspetores da Polícia Judiciária cercaram a rua e a casa, num aparato inédito para a aldeia. José Augusto não teve qualquer hipótese de escapar, esclarece o Correio da Manhã.
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A PJ já seguia o rasto do fugitivo, que nunca trocou de carro e manteve o telemóvel ligado. Apenas a arma continua desaparecida, tendo o suspeito admitido tê-la deitado fora na autoestrada. Segundo fontes próximas da investigação, nem a mulher nem a filha que vivem no Montijo tentaram protegê-lo. As duas filhas emigradas na Suíça foram alertadas e viajaram de imediato para Portugal.
Presente esta terça-feira, dia 18, ao tribunal, José Augusto ficou em prisão preventiva.
O crime terá sido motivado por conflitos relacionados com o restaurante. José Augusto, que enfrentava uma dívida resultante de um investimento de quase um milhão de euros, suspeitava que o sócio lhe escondia parte dos lucros.
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