Coimbra

Mata do Bussaco e Água do Luso plantam 35 mil árvores em área destruída pela tempestade Leslie

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 13-03-2019

A Fundação Mata do Bussaco, com o apoio da Sociedade da Água de Luso, vai plantar até outubro 35 mil árvores nas áreas da mata mais afetadas pela tempestade Leslie, disse à agência Lusa fonte da fundação.

PUBLICIDADE

Cada uma das árvores plantadas corresponderá ao dorsal dos atletas que participam em provas de atletismo patrocinadas pela Água de Luso, devendo a plantação arrancar “imediatamente a seguir à Meia Maratona de Lisboa”, marcada para domingo.

PUBLICIDADE

publicidade

“Graças ao inestimável contributo da Água de Luso, vamos repor, este ano, muito mais do que aquilo que perdemos com a tempestade Leslie”, refere a Fundação, destacando que “esta mega ação, sem precedentes na história da Mata, só será possível graças ao referido mecenas”.

No dia 13 de outubro de 2018, a tempestade Leslie derrubou, num curto espaço de tempo, mais de mil árvores, deixando um rasto de destruição na floresta pública, com clareiras em vários locais emblemáticos, tendo provocado prejuízos a rondar o meio milhão de euros.

PUBLICIDADE

Algumas das árvores que tombaram com a fúria do vento integravam o Trilho das Árvores Notáveis, que tinha acabado de ser publicado em Diário da República, inviabilizando na altura a sua abertura oficial.

A tempestade poupou o património edificado do “Deserto dos Carmelitas Descalços e Conjunto Edificado do Palace do Bussaco”, que está na base da candidatura à classificação de Património Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

A mata esteve mesmo encerrada durante um par de meses, só reabrindo no final do ano passado, após a conclusão da primeira fase das obras de recuperação, financiadas em mais de 200 mil euros pelo Fundo Florestal Permanente.

“Todo o planalto da serra do Bussaco que divide os concelhos da Mealhada, Mortágua e Penacova, é uma área de recarga de aquíferos, que tem muitas plantas invasoras, com grande perigo de incêndio, e que, com estas novas clareiras, mais suscetível está de aumentar a quantidade de acácias e, por conseguinte, o perigo de fogos florestais”, explica a Fundação que gere os 105 hectares da Mata.

Serão plantadas unicamente espécies autóctones: azereiro, carvalho, pinheiro manso, aderno, azevinho, pirliteiro, sobreiro, gilbardeira, medronheiro.

As plantações serão feitas por voluntários, pelos funcionários da Fundação Mata do Bussaco e por figuras públicas (artistas, políticos, etc.). As novas árvores serão assinaladas com uma bandeira da Água de Luso alusiva à parceria.

“Em março, abril e maio, faremos plantações com colaboradores, clientes e fornecedores da Sociedade da Água de Luso. Em outubro de 2019 faremos uma grande ação de voluntariado, com a chancela da Água de Luso, para plantar as últimas 3 mil árvores das 35 mil, na Mata Nacional do Bussaco”, anuncia a Fundação presidida por António Gravato.

Related Images:

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE