Política

Marques Mendes promete presidências abertas junto das comunidades portuguesas no mundo

Notícias de Coimbra | 50 minutos atrás em 16-11-2025

O candidato presidencial Luís Marques Mendes prometeu hoje que, caso seja eleito, realizará presidências abertas junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, algo que nunca foi feito e que permitirá dar atenção e visibilidade aos portugueses espalhados pelo mundo.

Em declarações ao telefone à agência Lusa durante uma visita que está a fazer desde sexta-feira a diferentes cidades no Brasil, Marques Mendes revelou um compromisso que assumiu ao longo destes dias da sua campanha presidencial.

“Enquanto Presidente da República, se for eleito, introduzirei uma novidade no exercício das funções de Presidente da República. E qual é essa novidade? É a novidade de criar presidências abertas no estrangeiro, junto das comunidades”, disse.

PUBLICIDADE

Segundo o candidato a Belém apoiado pelo PSD, estas presidências abertas foram habituais ao longo dos 50 anos de democracia, mas “nunca ninguém” as fez no estrangeiro.

“O primeiro objetivo é no plano dos princípios. Portugal não é só um território. Portugal é um território e é uma nação. E nessa nação cabem os 10 milhões de portugueses que vivem no território português na Europa, mas também os quatro, cinco ou seis milhões de portugueses que vivem nas várias comunidades espalhadas pelo mundo. É preciso dar atenção a uns e atenção a outros”, explicou.

Para Marques Mendes, “não há portugueses de primeira e de segunda” e, por isso, é importante haver presidências abertas junto das comunidades, que terão também um “objetivo prático” que é o de “dar outra atenção, outra importância, e manifestar outra sensibilidade para com a diáspora”.

“Abre uma oportunidade para haver uma relação mais simples e mais direta e mais eficaz entre as comunidades e o poder político português, pondo em evidência a possibilidade de vários assuntos, que, às vezes, se arrastam no tempo sem decisão e, às vezes, até metidos na gaveta, esquecidos, possam ser assuntos a entrar na agenda política, na agenda mediática e, portanto, ter reflexão e ter decisão”, explicou.

O chefe de Estado, com esta iniciativa, estará “a criar as condições para que Governo e partidos possam ter uma relação maior com as comunidades e ajudar a resolver os seus problemas”, defendeu o candidato.

“Há um terceiro e último objetivo, que é ajudar a dar outra visibilidade mediática às comunidades portuguesas, que hoje em dia têm pouca visibilidade em Portugal. E é preciso terem porque há coisas notáveis que acontecem nas comunidades portuguesas”, acrescentou.

Marques Mendes, que esteve em Santos, São Paulo e Rio de Janeiro, faz um balanço muito positivo desta visita, que considerou ser “impossível correr melhor”.

“Estas eleições presidenciais são eleições de pessoas, não são eleições de partidos, e as pessoas no Brasil, de uma forma muito especial, como em outros países da Europa, sabem duas coisas a meu respeito, que não são auto-elogios, são constatações. Fui eu que nos anos 90 do século passado criei a RTP Internacional”, disse.

Outro aspeto que o candidato presidencial relatou que lhe foi recordado “várias vezes” é que foi ele quem, então como líder parlamentar do PSD, em 1997, negociou uma revisão da Constituição cuja principal alteração “foi dar aos portugueses residentes no estrangeiro, aos emigrantes, o direito de poderem votar nas eleições para o Presidente da República”, o que não acontecia antes.

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE