A assistente social e antiga militante do CDS-PP Maria Lencastre Portugal, de 49 anos, é a cabeça de lista do Chega à Câmara de Coimbra, foi hoje anunciado.
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“Tenho uma vontade enorme de servir o outro e de tornar a Câmara de Coimbra mais próxima, porque o poder local só funciona se estiver próximo das pessoas”, disse hoje à agência Lusa a candidata.
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Assistente social na Universidade de Coimbra há 27 anos, Maria Lencastre Portugal foi militante, desde os 18 anos, do CDS-PP, pelo qual foi candidata à liderança de duas juntas de freguesia nos concelhos de Penacova e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), passando a ser militante do Chega a partir de dezembro de 2023.
Depois de em 2021 o Chega ter conseguido eleger um deputado municipal (que se desvinculou do partido este ano), o objetivo de Maria Lencastre Portugal passa por conquistar o município, apesar de o concelho, normalmente, não dar bons resultados ao partido (nas legislativas alcançou 14,16% em Coimbra, quando nos resultados nacionais atingiu 22,76%).
“Tudo o que seja a mais [do resultado de 2021] é vitória. Acredito que consigo ganhar, mas pelo menos um vereador, alguns deputados municipais e tenho quase a certeza de que podemos ter alguns presidentes de junta”, disse.
À Lusa, a candidata acusou o atual executivo, liderado pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/NC/PPM/A/RIR/VP), de não respeitar as tradições e de “prepotência”, recordando que chegou a ser alvo de um processo (juntamente com outros dois elementos da página de sátira “Movimento Humor”) pelo atual presidente do município, José Manuel Silva, que acabou arquivado.
Sobre o programa, a candidata do Chega entende que terá uma base assente numa “autarquia empática, próxima do cidadão, com menos burocracia e mais sentido de serviço”.
Maria Lencastre Portugal criticou a política de multas contra estacionamento da autarquia, que não deve “estar a aguardar pelas 09:00 para começar a multar”, numa política “punitiva e constante”.
“A polícia é – primeiro que tudo – para ensinar e proteger e não para penalizar”, vincou.
A candidata disse que a alta velocidade, a limpeza e gestão de resíduos em Coimbra e o Sistema de Mobilidade do Mondego – “que deveria ser repensado” – estarão presentes no programa.
Maria Lencastre Portugal criticou ainda os abates de árvores e os jardins descuidados e a criação de “mais um gueto” com o projeto de habitação social em Taveiro, defendendo, entre outras medidas, o acesso ao desporto por parte dos jovens e habitação a custos reduzidos.
Além de Maria Lencastre Portugal, serão também candidatos o atual presidente da Câmara, José Manuel Silva, a ex-ministra Ana Abrunhosa, numa coligação que junta PS, Livre, PAN e movimento Cidadãos por Coimbra, o ex-deputado José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda, e o vereador Francisco Queirós, pela CDU.
Em 2021, a coligação Juntos Somos Coimbra ganhou a Câmara Municipal com cerca de 44% dos votos (seis mandatos), contra 32,6% do PS (quatro mandatos), então liderado por Manuel Machado, que tentava um terceiro mandato consecutivo à frente do município.
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